Cidade de São Francisco aprova uso de 'robôs assassinos'
Em primeira votação, conselho autoriza polícia local a usar força letal nas máquinas
Após intenso debate sobre a política que permite a Polícia de São Francisco a usar robôs com capacidade de matar pessoas, em situações específicas, o conselho da cidade permitiu a força local a viabilizar a prática.
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A proposta diz que os policiais poderão usar os robôs armados "quando o risco de perda de vida para membros do público ou policiais é iminente e os policiais não podem subjugar a ameaça após usar opções alternativas de força ou de -- táticas de escalada".
A decisão aconteceu em meio a um intenso debate, que aconteceu na 3ª feira (29.nov) e terminou com uma votação a favor a nova política em 8 contra 3.
"A aprovação desta política é uma prova da confiança que o prefeito Breed, o Conselho de Supervisores e o povo de São Francisco têm em nosso departamento e em nossos oficiais, e sinto-me honrado por seu apoio esmagador", disse o chefe da polícia de São Francisco, William Scott .
No entanto, a medida ainda precisa passar por nova votação e a sanção do prefeito.
"O uso de robôs em situações de força potencialmente letais é uma opção de último recurso. Vivemos em uma época em que a violência em massa impensável está se tornando mais comum. Precisamos da opção de poder salvar vidas caso tenhamos esse tipo de tragédia em nossa cidade", alega a polícia de São Francisco em publicação nas redes sociais.
Em caso de aprovação, que deve acontecer nas próximas semanas, as máquinas serão utilizadas nas situações de treinamento, simulações, apreensões criminais, execução de mandados e avaliação de dispositivos suspeitos.
A polícia local tem 17 robôs em seu arsenal -- usados para ações anti-bomba -- e destes, 12 estão em funcionamento.
Em 2016, a cidade do Texas foi a primeira dos Estados Unidos a operar robôs destinados a uso de força letal. Oakland cogitou fazer o mesmo, mas recuou na proposta de usar o equipamento para tal finalidade.
Confira abaixo a declaração oficial da Polícia de São Francisco após a votação: