Afinal de contas, o que é o Metaverso?
Termo Metaverso tem sido falado cada vez mais, mas ainda é pouco entendido
Armindo Ferreira
Para quem trabalha com internet ou games, o conceito básico de metaverso não é tão novo. Para simplificar ao máximo ao máximo podemos dizer que tratam-se de ambientes virtuais em que personagens inseridos nesse contexto digital, representam nossas ações e falas e podem interagir com outros pessoas: são os chamados avatares.
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Lançado em 2003, o programa Second Life, foi o pioneiro a apresentar esse tipo de representação de vida digital, onde é possível interagir com outras pessoas, construir casas e até vender itens num dinheiro virtual que pode ser transformado em moeda real. Sim até hoje tem pessoas que ganham dinheiro de verdade agindo num ambiente assim.
Alguns jogos também podem ser considerados metaversos, como é o caso do Fortnite, onde além do jogo é possível assistir show, pré-estreias de filmes e interagir em mapas customizados.
Mas então por que agora se fala tanto nisso? Isso aconteceu porque o criador do Facebook, Mark Zuckerberg, anunciou um investimento pesado para criar um Metaverso próprio onde podemos usar óculos de realidade virtual para sermos transportados para esse mundo digital e realizar desde encontros entre amigos, até reuniões profissionais de funcionários que estão em cidades diferentes, porém reunidos em salas especialmente criadas nesse multiverso.
De fato, do jeito que Zuckerberg pensa o conceito de Multiverso é algo novo e por enquanto um tanto intangível. Mas já começamos a ver avanços nesse sentido.
A prefeitura de Uberlândia mesmo alega já ter realizado a primeira reunião brasileira no metaverso. Empresas também tem afirmado já terem um pé nisso usando diversos tipos de plataformas, mas há muito mais especulação e uso do termo para fins de marketing do que algo que realmente seja revolucionário, ou que vá impactar a vida da maioria das pessoas de um jeito imediato.
Mas há sim algumas oportunidades
Recentemente eu conversei com o Marcel Saraiva, gerente de contas sênior para indústrias de saúde e finanças da divisão Enterprise da Nvidia, ele trabalha numa empresa que oferece uma solução para criação de ambientes de metaverso chamada Omniverse.
Ele me explicou que há oportunidades para desenvolvedores que dominem ferramentas desse tipo, mas também para arquitetos, psicólogos e toda uma gama de profissionais que vão pensar como essa nova sociedade digital pode surgir. Já há no mercado cursos sendo oferecidos para quem trabalhar com essa tecnologia.
Se será um mar de oportunidades ou somente mais uma promessa que não se concretizará é algo que é impossível de prever e devemos acompanhar os próximos passos da equipe de Zuckerberg nisso.
Assista ao Tech News desta 5ªfeira (28.abr):