Relatório do MP aponta plano de ataque do PCC contra autoridades
Alvos seriam os senadores Sérgio Moro e Rodrigo Pacheco, presidente do Senado, e o presidente da Câmara, Arthur Lira
SBT News
Um relatório do Ministério Público de São Paulo aponta que a maior facção criminosa do país, o Primeiro Comando da Capital (PCC), estaria planejando ataques a autoridades. Entre os alvos estão os senadores Sérgio Moro e Rodrigo Pacheco, presidente do Senado, e o presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira.
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Segundo o relatório de inteligência, uma chamada "célula restrita" do PCC criou uma missão no Distrito Federal. De acordo com o documento, que seria sigiloso, um apartamento foi alugado por R$ 2.500 mensais para servir como base de apoio.
Fotos de um caderno, com a prestação de contas, mostram os gastos: IPTU, cama de casal, geladeira, fogão, sofá retrátil e TV de led. O investimento estaria sendo pago pela FM Baixada - célula que gerencia os pontos de venda de drogas no litoral paulista e Vale do Paraíba.
A Baixada Santista é, de fato, a "menina dos olhos" do crime organizado por causa da facilidade de atuação do tráfico - o que inclui o Porto de Santos. A região também tem sofrido com a guerra entre policiais e criminosos.
O relatório cita ainda a análise dos telefones celulares apreendidos numa operação da Polícia Federal contra a mesma célula do PCC que teria planejado sequestrar o senador Sergio Moro. Os aparelhos foram usados para pesquisar os endereços das residências oficiais dos presidentes do Senado e da Câmara dos Deputados. De acordo com o doscumento, os homens do PCC coletaram fotos das residências de Rodrigo Pacheco e Arthur Lira.
Para comprovar o poder de fogo da facção, o núcleo de Presidente Prudente do Gaeco (Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado) de São Paulo, liderado pelo promotor Lincoln Gakiya, revelou que explosivos foram apreendidos em Curitiba, durante as investigações sobre o suposto atentado planejado contra o Moro.
Fotos dos suspeitos de integrar a "célula restrita" estão no relatório. A conclusão do promotor é de que a falta de alternativas para a volta das visitas íntimas nos presídios federais pode levar os integrantes da facção a optar por ações violentas, como tentativas de resgate de lideranças e atentados contra autoridades.