Guerra no Oriente Médio não afetará apoio do G7 à Ucrânia, diz Japão
Presidente ucraniano reclamou que conflito entre Israel e Hamas tirou o foco da invasão russa no país
Camila Stucaluc
A ministra das Relações Exteriores do Japão, Y?ko Kamikawa, afirmou, nesta 3ª feira (7.nov), que a guerra de Israel contra o grupo extremista Hamas não afetará o apoio do G7 à Ucrânia. A declaração foi dada antes do bloco econômico, composto por Reino Unido, Canadá, França, Alemanha, Itália, Japão e Estados Unidos, se reunir em Tóquio.
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"Nosso compromisso de continuar com sanções rígidas contra a Rússia e forte apoio à Ucrânia não vacilou, mesmo com a intensificação da situação no Oriente Médio", disse Y?ko Kamikawa, acrescentando que o G7 deve conversar com o ministro das Relações Exteriores da Ucrânia, Dmytro Kuleba, entre hoje e 4ª feira (8.nov).
O posicionamento da diplomata japonesa acontece poucos dias após o presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, afirmar que o conflito no Oriente Médio, que já deixou mais de 12 mil mortos, tirou o foco da invasão russa no país. Apesar de não querer comprar as guerras, o líder se mostrou insatisfeito com a intenção internacional ao conflito.
"Eu não gostaria de comparar. Uma guerra terrível está ocorrendo em nosso país. Em Israel, muitas pessoas perderam seus entes queridos. As tragédias são diferentes, mas as duas são imensas. A atenção internacional corre o risco de se desviar da Ucrânia, e isso terá consequências", disse Zelensky.
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O temor de Kiev em perder parte do apoio ocidental, responsável pelo envio de pacotes militares e humanitários, começou em setembro, quando o G7 reconheceu que a invasão russa na Ucrânia seria de longo prazo, requerendo apoio militar e econômico duradouro. Após a confirmação, Estados Unidos e União Europeia garantiram suporte ao país.