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Sobrinho de ex-senador Telmário Mota é demitido de secretaria estadual

Harrison Ney Correa está foragido e é apontado como responsável por planejar o assassinato de mãe da filha de Telmário

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Harrison Ney Correa
• Atualizado em
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O sobrinho do ex-senador Telmário Mota (Solidariedade/RR), Harrison Ney Correa, foi exonerado da Secretaria Estadual dos Povos Indígenas de Roraima, por ser suspeito de planejar o assassinato de Antônia Araújo, de 52 anos, mãe da filha do ex-senador.

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De acordo com as investigações da Polícia Civil, Harrison seria o responsável por toda a logística do crime, distribuição do dinheiro para compra da moto e da arma que foi utilizada na morte de Antônia, executada a tiros na frente de casa. Ele atuava como motorista nas comunidades indígenas do estado. Em 2019, ele foi condenado a 7 anos de prisão por roubo de gado, mas em 2021 foi liberado e cumpriu pena em regime aberto.

Telmário foi preso suspeito de ser o mandante do crime. 

Investigado por mandar matar a mãe da própria filha, o ex-senador por Roraima, também é acusado de ter estuprado a adolescente em 2022 quando ela tinha 17 anos de idade. Antes de prestar depoimento sobre o caso, Antônia Araújo (52 anos) foi assassinada com um tiro na cabeça no dia 29 de setembro, quando saía de casa, na zona Oeste da capital Boa Vista.

Em agosto de 2022, a filha de Telmário e Antônia registrou um boletim de ocorrência afirmando que o pai a assediou, tocou em suas partes íntimas e tentou arrancar a sua roupa, depois de forçá-la a entrar em um carro e tomar bebidas alcoólicas.

Telmário também foi acusado, em 2015, de ter agredido Maria Aparecida Nery de Melo, uma jovem de 19 anos que afirmou à polícia "ter apanhado até desmaiar".

O Supremo Tribunal Federal autorizou a abertura de uma investigação sobre o caso, em agosto de 2016. A jovem ainda afirmou à polícia que tinha relações com o então senador desde os 16 anos de idade. Um mês depois da abertura do inquérito, Maria Aparecida pediu para retirar a queixa alegando que se machucou ao tentar agredir o parlamentar. A queixa não pôde ser retirada. A Procuradoria-Geral da República (PGR) quer que Telmário e a estudante sejam ouvidos novamente.

Em 2016, a médica Suzete Oliveira, esposa de Telmário, foi condenada a seis anos de prisão por envolvimento no esquema de desvio de verbas públicas que ficou conhecido como "escândalos dos gafanhotos". Ela acabou se entregando à polícia e foi presa, mas não passou nem um mês na prisão.

Telmário Mota, de 65 anos, foi eleito senador da República em 2014. Após um mandato de 8 anos, ele concorreu à reeleição em 2022, pelo Pros, mas não conseguiu uma cadeira no Senado Federal.

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