Cresce procura por microapartamentos na cidade de São Paulo
Na capital, imóveis já representam 22% dos lançamentos

Fernanda Trigueiro
Apartamentos com menos de 30 metros quadrados conquistam espaço no mercado imobiliário. Em São Paulo, as micro moradias já representam 22% dos lançamentos.
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O tamanho fica menor, mas o preço, nem sempre. Há cinco anos, um apartamento de 10 metros quadrados em região nobre de São Paulo custava R$ 99 mil. Agora, o mesmo imóvel está à venda por R$ 200 mil.
Se ajeitar em pouco espaço é uma tendência mundial. Em Tóquio, os microapartamentos se tornaram comuns. Em Nova York, também são bastante procurados.
Para o professor Fábio Gallo, da Fundação Getúlio Vargas (FGV), o fenômeno tem a ver com o público jovem. "O jovem está preferindo uma vida mais simples. Ele está desapegando da propriedade", afirmou em entrevista ao SBT.
Um levantamento do Sindicato do Setor Imobiliário, o Secovi-São Paulo, mostra que, em 2016, os microapartamentos de até 30 metros quadrados representavam apenas 1% dos lançamentos. De janeiro a maio de 2022, o índice avançou para 22%. "O índice está crescendo porque as pessoas querem algo diferente. Querem ter uma casa menos estruturada para si", complementa Gallo.
Um dos atrativos dos apartamentos é a localização em bairros com mais infraestrutura. "A pessoa se preocupa onde ela mora, para onde vai trabalhar. Uma hora de sono a mais faz diferença", apontou Bruno Schuliter, diretor de uma incorporadora.