Polícia procura homem que se passava por paciente para assediar psicólogas
Pelo menos 18 profissionais, de São Paulo e Brasília, foram vítimas do agressor

SBT Brasil
A Polícia está à procura de um homem que se passava por paciente para assediar psicólogas. Pelo menos 18 profissionais foram vítimas do agressor, em São Paulo e em Brasília.
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Liliany Souza conta que o suspeito a procurou em uma noite de domingo, pedindo uma sessão urgente. "Você fica no limite de dúvida, onde pode ser de fato um paciente que tem alguma questão difícil, que precisa desse atendimento, e aquele sexto sentido ali né, que a gente fica desconfiando, porque tem algumas características que fogem do normal de um paciente comum", observa a psicóloga do Distrito Federal.
Diante da dúvida das reais intenções do paciente, ela decidiu responder que, naquele momento, não estaria disponível. Foi então que vieram as ofensas e o assédio. "Se eu te pagar mil reais, você atende sem blusa? E por aí vai...", disse Liliany, citando uma das falas do agressor.
As mensagens, para Liliany e para diversas outras profissionais, mostram a oferta de valores altos para que elas fizessem "uma coisa", que o suposto paciente, que se identifica como Lucas, promete explicar por vídeo.
O mesmo aconteceu com uma outra psicóloga, que prefere não ser identificada. "Eu já achei super esquisito e nem respondi mais, já bloqueei o contato", ela acrescenta.
Em São Paulo, além de registrarem queixa na polícia contra o suposto paciente, as psicólogas também procuraram o Núcleo de Atendimento às Vítimas de Violência do Ministério Público do estado. Os detalhes da investigação e da denúncia, segundo o MPSP, não podem ser divulgados, por se tratar de crime sexual.
Por esse motivo, tanto a polícia quando o MP, e até mesmo as vítimas, acreditam que o número de psicólogas assediadas pelo falso paciente seja muito maior. Liliany teve certeza disso quando postou o caso nas redes sociais.
"Choveu de comentários, uma quantidade muito grande de comentários ali na postagem, mais de 120 mulheres, psicólogas, dizendo que passaram pela mesma situação, com a mesma pessoa, desse mesmo jeito. Denunciem, procurem a delegacia, o Ministério Público, para que a gente consiga parar essa situação", relatou a psicóloga.
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