Pelo menos três jornalistas foram mortos na Ucrânia nas últimas 48 horas
Equipe de reportagem do canal norte-americano Fox News teria sido vítima de uma emboscada do exército russo

SBT Brasil
Pelo menos três jornalistas foram mortos, nas últimas 48 horas, durante o trabalho de cobertura da guerra na Ucrânia. Os profissionais, que integravam a equipe de reportagem do canal de notícias norte-americano Fox News, teriam sido vítimas de uma emboscada do exército russo, nos arredores de Kiev, capital ucraniana.
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A confirmação das mortes do cinegrafista Pierre Zakrzewsk e da produtora ucraniana Aleksandra Kurshynova, nesta 3ª feira (15.mar), acontece dois dias após o anúncio de falecimento de seu colega de trabalho, o jornalista Brent Renaud, que foi atingido por um tiro no pescoço, enquanto trabalhava na cidade de Irpin, também próxima a Kiev.
O fotógrafo Juan Arredondo, que estava com Renaud no último domingo (13.mar), dia do ataque, conta que o grupo fazia imagens da região quando soldados começaram a atirar contra o veículo deles. "Nós estávamos atravessando a primeira ponte em Irpin. Íamos gravar outros refugiados saindo, íamos pegar um carro que alguém nos ofereceu para nos levar para a outra ponte. Atravessamos o posto de controle, e eles começaram a atirar em nós, então o motorista se virou, e continuaram atirando em nós", diz o profissional, que se feriu no ataque.
Já o incidente que vitimou Pierre Zakrzewsk e Aleksandra Kurshynova aconteceu no dia seguinte, 2ª feira (14.mar), em Horenka, nas redondezas de Kiev. O repórter britânico Benjamin Hall, que também estava com a equipe no momento da suposta emboscada, sobreviveu aos ferimentos, mas não há informações sobre o seu estado de saúde.
A morte de Zakrzewsk foi informada pela CEO da Fox News Media, Suzanne Scott, que falou sobre a ampla experiência do cinegrafista na cobertura de conflitos como o que acontece agora na Ucrânia. "Pierre era um fotógrafo de zona de guerra que cobriu de perto diversos eventos internacionais para a Fox News, do Iraque ao Afeganistão, passando pela Síria, durante sua longa permanência conosco. (...) Sua paixão e talento como jornalista eram incomparáveis", disse a diretora do canal de notícias.
Já o falecimento de Kurshynova foi confirmado pelo Ministério da Defesa da Ucrânia.
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