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Saúde

Tratar um câncer com mais precisão e leveza é possível? Entenda

Ablação térmica oferece alternativa minimamente invasiva para tratar tumores com eficácia, menos dor e mais qualidade de vida

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Ablação térmica oferece alternativa minimamente invasiva para tratar tumores | Freepik
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Receber o diagnóstico de um tumor ainda carrega um peso emocional enorme. A simples palavra “câncer” costuma evocar imagens de tratamentos longos, agressivos e debilitantes. Mas a medicina moderna vem desmistificando esse cenário, mostrando que nem sempre é necessário recorrer à cirurgia tradicional ou à quimioterapia para controlar ou até curar uma lesão. Uma das inovações mais promissoras nesse sentido é a ablação térmica — uma técnica minimamente invasiva que destrói o tumor de dentro para fora, com precisão milimétrica e uso controlado de calor.

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O calor que cura: tecnologia e precisão contra o câncer

Indicada principalmente para tumores localizados no fígado, rins, pulmões e ossos, a ablação térmica oferece uma alternativa segura e eficaz para pacientes que não podem — ou não desejam — passar por cirurgias invasivas. A lógica é engenhosa: uma agulha fina é guiada por imagem (tomografia ou ultrassom) até o centro da lesão. Uma vez posicionada, emite calor capaz de destruir as células tumorais sem comprometer os tecidos saudáveis ao redor.

A energia pode ser gerada por radiofrequência (RFA), que aquece os tecidos por ondas elétricas, ou por micro-ondas (MWA), que proporcionam um aquecimento mais rápido e homogêneo, ideal para tumores maiores ou localizados próximos a grandes vasos.

Rápida, eficaz e com baixa taxa de complicações

Com duração média de 30 minutos a uma hora, os procedimentos são realizados com anestesia local ou sedação leve. A recuperação costuma ser rápida, com alta no mesmo dia ou após breve observação — um diferencial importante para pacientes idosos, comorbidades ou limitações físicas. Além disso, a ablação térmica preserva a qualidade de vida ao evitar cortes, cicatrizes extensas e longos períodos de internação.

O futuro: calor e imunidade trabalhando juntos

Além da eficácia local, estudos recentes sugerem que a destruição térmica dos tumores pode estimular o sistema imunológico, desencadeando uma resposta antitumoral sistêmica. Esse efeito abre caminho para combinações com imunoterapias, ampliando as chances de controle da doença, inclusive em casos mais avançados. É a medicina personalizada ganhando força: menos agressiva, mais eficiente e centrada na realidade de cada paciente.

Menos invasão, mais qualidade de vida

A ablação térmica não substitui todos os tratamentos, mas representa um marco importante na busca por abordagens menos traumáticas. Para muitos pacientes, tratar um tumor com rapidez, precisão e mínimo impacto físico muda completamente a forma de encarar o diagnóstico.

Graças à radiologia intervencionista e à integração de tecnologia com medicina, já não é mais necessário abrir o corpo para enfrentar um câncer. O calor — bem dosado e bem direcionado — tornou-se um aliado silencioso, eficaz e profundamente humano. Em tempos em que cada detalhe importa, esses avanços representam mais do que inovação: representam esperança.

*Felipe Roth Vargas é médico radiologista credenciado pelo CRM 155352 SP | RQE 94668

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