Sociedade Brasileira de Cardiologia endurece limites para colesterol e cria nova categoria de risco extremo
Para quem tem problemas cardíacos, o nível de LDL, conhecido como colesterol “ruim", deve se manter abaixo de 40 mg/dL de sangue

Guilherme Rockett
O controle do colesterol está mais rígido no Brasil. A Sociedade Brasileira de Cardiologia (SBC) atualizou suas diretrizes e incluiu uma nova categoria chamada “risco extremo”, voltada para pacientes que já sofreram infarto ou outros problemas cardíacos e precisam de atenção redobrada. Para esse grupo, o nível de LDL, conhecido como colesterol “ruim", deve se manter abaixo de 40 mg/dL de sangue.
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Com as novas orientações, os limites foram reduzidos em diferentes faixas de risco. Antes, a menor categoria era o “muito alto”, que caiu de 70 para 50 mg/dL. Já o “baixo risco”, para pessoas sem comorbidades, passou de 130 para 115 mg/dL.
Novos limites do colesterol (SBC):
- Risco extremo: 40 mg/dL (não existia antes)
- Muito alto: 50 mg/dL (antes: 70 mg/dL)
- Alto: <70 mg/dL (sem alteração)
- Baixo risco: 115 mg/dL (antes: 130 mg/dL)
O colesterol é um tipo de gordura essencial para o corpo humano, já que compõe a membrana das células e ajuda na formação de hormônios e vitaminas. Porém, quando em excesso, pode provocar infarto, AVC e outras doenças cardiovasculares.
De acordo com o médico Rogério Sarmento Leite, presidente da Sociedade Brasileira de Hemodinâmica e Cardiologia Intervencionista, o LDL favorece o crescimento de placas que podem se romper e obstruir as artérias. “Quanto mais baixos forem esses níveis de colesterol, menor é o risco ao qual o paciente está exposto”, explicou.
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O cardiologista André Zimerman, um dos responsáveis pelos novos parâmetros, reforçou que os estudos atuais demonstram segurança em manter o colesterol em níveis mais baixos. “Quanto maior o risco, mais agressivo temos que ser para reduzir a chance de novos eventos. No caso de risco cardiovascular extremo, a meta é manter o LDL abaixo de 40”, disse.
Apesar da existência de medicamentos para o controle, os especialistas ressaltam que a alimentação saudável, a prática regular de exercícios e um estilo de vida equilibrado são fundamentais para todos.