Rebeca Andrade descobriu problema de visão após não enxergar telão olímpico; veja sinais
Viralizaram nas redes sociais vídeos da ginasta brasileira, que foi diagnosticada com astigmatismo e miopia, com dificuldades para enxergar
A ginasta brasileira Rebeca Andrade, que conquistou a medalha de bronze com a equipe de ginástica artística brasileira, nesta terça-feira (30), na Olimpíada de Paris 2024, tem miopia e astigmatismo, ou seja, dificuldades para enxergar de perto e de longe (veja mais detalhes abaixo). A atleta descobriu que tinha o problema após não conseguir enxergar as letras do telão durante os Jogos Olímpicos de Tóquio, em 2020, quando conquistou duas medalhas – uma de ouro e uma de prata.
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Viralizaram nas redes sociais vídeos de Rebeca com olhos apertados e o rosto franzido, tentando enxergar o telão. Em entrevista à revista Marie Claire, a atleta disse que tem pelo menos 2,5 graus de miopia em um olho e acima de 2 graus de astigmatismo em outro.
Astigmatismo e miopia
De acordo com o Instituto de Oftalmologia de Curitiba, as duas condições podem ocorrer juntas em um mesmo olho ou separadamente. Enquanto a miopia é um distúrbio ocular que se caracteriza pela dificuldade para enxergar objetos à distância (eles ficam embaçados), o astigmatismo é ocasionado por uma irregularidade na córnea, e pode ocasionar problemas para enxergar objetos tanto de longe como de perto.
Além da visão cansada, com dificuldades para enxergar, há outros sintomas e sinais de atenção que podem indicar a necessidade de procurar um oftalmologista, segundo a Rede D'Or São Luiz:
- Dor de cabeça;
- Dor nos olhos;
- Sensibilidade à luz (fotofobia);
- Enxaqueca relacionada à exposição à luz;
- Visão distorcida ou dupla.
Diagnóstico
O diagnóstico do astigmatismo pode ser feito por meio do exame de topografia computadorizada de córnea ou por exame de refração, que também detecta a miopia.
Tratamento
Em alguns casos, pode haver indicação de tratamento cirúrgico, como a cirurgia refrativa, tanto para astigmatismo quanto para miopia, além de uso de óculos e lentes de contato.
Excesso de telas pode favorecer miopia, principalmente em crianças
O número de crianças diagnosticadas com miopia no Brasil deu um salto enorme no último ano, de acordo com o levantamento realizado pelo Hospital dos Olhos de São Paulo. Entre crianças de 0 a 5 anos, o aumento foi de quase 200%, e entre 5 a 10 anos, quase 50%.
Segundo especialistas, um dos vilões dessa estatística é o excesso de telas. De acordo com o oftalmologista Fábio Pimenta, alguns pais dão tablets e outros eletrônicos para distração dos filhos, o que acaba impactando a visão.
"Até dois anos de idade não se deve usar tela. A partir dos dois anos, entre dois e seis, o ideal é uma hora por dia, com intervalos, picado, não é para fazer uma hora direto e sempre sob supervisão. A partir dos seis, duas horas por dia", completa Fábio.