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Por que "estar em forma" pode ir além do seu peso? Entenda

Cansaço, insônia, pressão alta, altos níveis de diabetes, colesterol e triglicérides podem não estar relacionados com a balança. Veja motivos

Por que "estar em forma" pode ir além do seu peso? Entenda
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Ficar cansado com facilidade, dormir mal, ter níveis de colesterol, triglicérides e diabetes altos e hipertensão arterial (pressão alta). Todos esses fatores podem indicar que "estar em forma" vai além do seu peso corporal, segundo os especialistas ouvidos pelo SBT News.

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Um dos principais sintomas que determinam se a pessoa precisa procurar ajuda ou mudar o estilo de vida é a falta de condicionamento físico, causada principalmente pelo sedentarismo.

"A falta de exercício leva ao 'descondicionamento físico', ou seja, a incapacidade do coração ou do aparelho circulatório de responder às demandas gradativamente maiores quando se pratica uma atividade física", explica o cardiologista e membro do Conselho Administrativo da Sociedade Brasileira de Cardiologia (SBC), Ricardo Pavanello

Para o endocrinologista do Hospital Albert Einstein Paulo Rosenbaun, a falta de tempo gerada pelo trabalho e mobilidade urbana, além da ausência de locais adequados para prática de exercícios físicos nas cidades contribui para a falta de condicionamento e "colabora com o sedentarismo da população".

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Cansaço

A fadiga fora do normal pode estar associada a problemas de saúde variados, como anemia, hipotireoidismo (quando a tireoide não produz a quantidade suficiente de hormônio), deficiência nutricional, alteração na tiroide, alterações no estado emocional como depressão e ansiedade, falta de sono, até mesmo câncer, de acordo com Rosenbaun.

Após eliminar essas causas possíveis do cansaço com exames de sangue, como exemplo hemograma, ele recomenda aos pacientes hábitos de vida saudáveis, diminuição de stress e estimula a criação de hobbies.

Para avaliar o cansaço fora do normal, segundo Ricardo, também são necessários alguns exames de função cardíaca, como o teste ergométrico (conhecido como teste de esforço, que avalia a performance do coração), além do ecocardiograma (que avalia a função das válvulas e do músculo cardíaco, responsável pelo bombeamento do sangue).

E como perceber o cansaço?

"O cansaço pode ser expresso por falta de ar ou fadiga expressa quando o sujeito não consegue realizar atividades cotidianas, acelerar o passo no dia de chuva ou carregar o peso um pouco acima do que o faz habitualmente", explica Pavanello

Segundo ele, essas situações, do ponto de vista cardíaco, podem indicar que o coração não está preparado para enfrentar aquela intensidade de exercício. Há também casos respiratórios, quando há falta de ar para as atividades. Os exemplos podem ser indicativos de que a pessoa tem uma doença pulmonar ou cardíaca, por isso o ideal é procurar um especialista para obter o diagnóstico correto.

Falta de sono

O uso de telas em excesso antes de dormir pode prejudicar o sono, tanto de pessoas magras, quanto aquelas que estão acima do peso, o que afeta substancialmente a qualidade do cotidiano das pessoas e pode estar relacionado ao cansaço crônico, segundo Rosenbaun. Ele alerta que, em geral, a população está dormindo cada vez menos.

"A partir do momento em que acontece o pôr-do-sol e o dia apresenta menor luminosidade, a produção de melatonina é estimulada pela glândula pineal. O uso de telas afeta essa produção. Existe toda uma orientação para higiene do sono: a pessoa desligar o celular, parar de ver TV e relaxar", pontua

Pavanello explica que um sono em dia precisa conciliar um equilibro entre corpo e mente e explica que problemas emocionais, como ansiedade e depressão, podem contribuir com a insônia.

Ele ressalta que apneia obstrutiva do sono (distúrbio que faz com que a pessoa pare de respirar uma ou mais vezes ao longo de uma única noite de sono), por exemplo, pode afetar até mesmo quem está abaixo do peso e tenha algumas características específicas na parte superior do aparelho respiratório, mandíbula e/ou arcada dentária. O diagnóstico deve ser feito pela Polissonografia e o tratamento varia de caso para caso.

Diabetes, pressão alta, colesterol e triglicérides

Em todos essas condições, pessoas magras também podem ter o diagnóstico caso sejam sedentárias, não possuam bons hábitos alimentares e tenham predisposição genética.

No caso da elevação dos níveis de colesterol, Ricardo alerta que há pacientes com hipercolesterolemia familiar (HF), condição hereditária que se caracteriza pela produção excessiva de colesterol desde a infância ou adolescência, o que pode provocar obstrução ou entupimento das artérias se não tiver tratamento precoce. O triglicérides alto, que também é uma gordura que circula pelo sangue, também pode ser silencioso e não ter relação com o peso.

No caso da Diabetes, é considerada autoimune quando for tipo 1, já que o próprio sistema imunológico ataca as células que produzem a insulina. Também é de início precoce, na adolescência e na infância. No caso da tipo 2 pode ter um componente genético envolvido, além de fatores ambientais.

Por isso, é importante o monitoramento pressão arterial, além da realização de exames laboratoriais regularmente.

Como recuperar o condicionamento físico?

Ricardo indica a prática de exercícios, sobretudo aeróbicos, para recuperar o condicionamento, supervisionados por um profissional especializado que monitores as condições corporais, para que o processo aconteça gradativamente e não ofereça riscos de infarto, por exemplo.

A recomendação da Organização Mundial da Saúde (OMS) é de pelo menos 150 a 300 minutos de atividade aeróbica por semana para adultos, e uma média de 60 minutos por dia para crianças e adolescentes.

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