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Saúde

Pílula do dia seguinte: tudo o que você precisa saber sobre eficácia, riscos e uso correto

Anticoncepcional de emergência é seguro e eficaz, mas não substitui métodos regulares de prevenção

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Pílula do dia seguinte | Freepik
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Apesar de bastante conhecida, a pílula do dia seguinte ainda levanta dúvidas e tabus entre mulheres de diferentes idades. É fundamental entender sua eficácia, eventuais riscos e o modo correto de utilização para garantir segurança e tranquilidade após situações de risco.

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Mitos e verdades sobre a pílula do dia seguinte

  • Não causa infertilidade: o hormônio é eliminado em poucos dias e não afeta a fertilidade futura.
  • Não protege contra ISTs: diferente do preservativo, não previne HIV, clamídia ou outras infecções sexualmente transmissíveis.
  • Pode alterar o ciclo: atrasos ou adiantamentos de até 7 dias são comuns e não significam dano permanente.

Quando usar – e quando evitar

Use a pílula somente em situações de emergência: ruptura do preservativo, esquecimento de três ou mais comprimidos do anticoncepcional ou relação sexual desprotegida.

  • Levonorgestrel 1,5 mg: deve ser tomado até 72 horas após a relação. A eficácia é significativamente maior quando utilizado nas primeiras 24 horas; a média de eficácia é de 85%.
  • Ulipristal acetato 30 mg: pode ser utilizado até 120 horas (5 dias) após o ato sexual, com eficácia de até 95% (esta opção não está disponível atualmente no Brasil).

Evite o uso se:

  • Você já sabe que está grávida (não há risco, mas também não há benefício);
  • Faz uso de medicamentos que reduzem a eficácia hormonal (anticonvulsivantes, certos antirretrovirais ou rifampicina);
  • Tem doença hepática grave.

Mulheres com IMC igual ou superior a 30 podem apresentar menor eficácia; nesses casos, o ulipristal de emergência é considerado uma opção mais segura.

Riscos do uso frequente e importância da contracepção regular

Tomar a pílula do dia seguinte várias vezes dentro do mesmo ciclo não aumenta a proteção — apenas intensifica os efeitos adversos, como náusea, dor de cabeça e irregularidade menstrual, e pode mascarar atrasos que dificultam a identificação de uma gravidez. Além disso, o custo acumulado pode ser maior do que o de métodos de longa duração, como o DIU ou o implante hormonal.

Para prevenir novas emergências:

  • Mantenha um método contraceptivo de rotina adequado ao seu perfil (pílula combinada, minipílula, DIU, implante, injetável ou preservativo);
  • Combine o preservativo com outro método para dobrar a proteção e também evitar ISTs;
  • Converse com o profissional de saúde sobre contraindicações e escolha personalizada.

Em síntese

A pílula do dia seguinte é um recurso seguro para evitar gravidez indesejada após um evento pontual, mas não deve ser utilizada como método habitual. Planejamento, informação e o acesso facilitado a contraceptivos de uso contínuo são as melhores estratégias para garantir saúde sexual e reprodutiva sem imprevistos.

*Ana Horovitz é ginecologista credenciada pelo CRM 111739

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