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Saúde

Países da América registram surto de sarampo em 2025, alerta Organização Pan-Americana da Saúde

Baixa cobertura vacinal é o maior motivo pela propagação da doença, que atinge mais os países do norte global e comunidades vulneráveis

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OPAS alerta para surto de Sarampo em 2025 | Foto: Freepik
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A Organização Pan-Americana da Saúde (OPAS) emitiu um alerta para o aumento de casos de sarampo em 10 países das Américas. Até 8 de agosto de 2025 foram registrados mais de 10 mil casos da doença e 18 mortes relacionadas, um aumento 34 vezes maior em comparação ao mesmo período de 2024. A instituição pediu aos países que reforcem a cobertura vacinal e melhorem a vigilância da doença.

A falta de vacina é a principal causa pela doença ter se espalhado. Segundo a OPAS, 71% dos casos ocorreram em pessoas não vacinadas e 18% em pessoas com situação vacinal desconhecida. No ano passado, a cobertura da primeira dose da vacina tríplice viral (MMR) nas regiões alcançou 89% (2 pontos percentuais a mais que em 2023) e a segunda dose teve um aumento de 76% a 79%. Porém, essa quantidade permanece abaixo do que recomenda a OPAS: 95% da vacinação para prevenir surtos. + Brasil ultrapassa marca de 1,6 mil mortes por dengue em 2025

Os países que registram maior número de casos são Canadá, com 4.548 infectados; México, com 3.911; e Estados Unidos, com 1.356 casos. As mortes também foram registradas nesses países. Canadá teve a morte de um recém-nascido. Três pessoas morreram nos EUA e 14 no México, país onde os óbitos foram registrados majoritariamente entre pessoas indígenas de um a 54 anos.

Outros países com casos confirmados são: Bolívia (229), Argentina (35), Belize (34), Brasil (17), Paraguai (4), Peru (4) e Costa Rica (1). O Paraguai é o último país a notificar um surto neste ano.

O sarampo se propaga rapidamente entre populações não vacinadas, especialmente entre crianças. No entanto, dados recentes mostram um aumento de casos fora desses grupos. + Mutirão em hospitais universitários realiza quase 30 mil atendimentos gratuitos no país

Transmissão

Apesar das recomendações da OPAS, a transmissão persiste em países do norte global, como Canadá. No México, ocorreu uma campanha de vacinação em massa para a população de 6 meses a 49 anos, com prioridade em 14 municípios, incluindo Chihuahua, onde 93% dos casos estão concentrados. As comunidades indígenas são as mais afetadas, com uma taxa de letalidade 20 vezes maior que a da população geral. Nos Estados Unidos, registraram-se surtos em 41 estados, principalmente entre as comunidades com baixa vacinação.

Já no centro e sul-americano, países como Argentina e Belize zeraram os casos no final de julho. Na Bolívia, a maioria dos infectados está em Santa Cruz. No Brasil, foram registrados 12 casos no Tocantins.

Recomendações

  • Manter a cobertura vacinal em 95%;
  • Fortalecer a detecção da doença para evitar surtos;
  • Ampliar as estratégias de vacinação seletiva para campanhas em áreas de risco e com surtos, de acordo com o cenário epidemiológico e a mobilidade dos casos;
  • Garantir a detecção e a confirmação laboratorial dos casos;
  • Conscientizar comunidades em risco para melhorar seus conhecimentos em saúde e enfrentar o negacionismo vacinal.

A OPAS também aconselha que viajantes se assegurem de estar vacinados. Isso inclui crianças de 6 a 11 meses, que normalmente não estão no esquema de vacinação de rotina. + Vacina contra bronquiolite começa a ser oferecida pelo SUS para gestantes

Mundo

Dados da Organização Mundial da Saúde (OMS) registram 239.816 casos suspeitos e 108.074 casos confirmados em todas as regiões da OMS até julho de 2025, em escala global. A região do Mediterrâneo Oriental representa a maior proporção (35%), seguida pela África (21%) e Europa (21%).

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