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Saúde

Musculação pode ser aliada na prevenção da demência em idosos, diz estudo

Atividade praticada pelo menos duas vezes por semana ajuda na memória e na anatomia cerebral

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Idosos fazendo musculação | Freepik
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Além do ganho de força e massa muscular, a prática da musculação pode proteger o cérebro de idosos contra demências. É o que aponta um estudo publicado na revista GeroScience, liderado pela Universidade Estadual de Campinas (Unicamp).

A pesquisa envolveu 44 pessoas com comprometimento cognitivo leve – condição clínica intermediária entre o envelhecimento normal e a doença de Alzheimer. Os participantes foram divididos em dois grupos: metade realizou treinos de força duas vezes por semana, enquanto os demais não realizaram exercícios durante o período de estudo.

Nas análises feitas ao final da intervenção, os voluntários que praticaram musculação tiveram melhor desempenho na memória episódica verbal, melhora na integridade dos neurônios e áreas relacionadas à doença de Alzheimer protegidas contra atrofia. O outro grupo, por sua vez, apresentou piora nos parâmetros cerebrais.

“Que haveria melhora da parte física e cognitiva a gente já sabe, mas queríamos ver o efeito da musculação dentro do cérebro de idosos com comprometimento cognitivo leve. Trata-se de um resultado que justifica a importância da prática regular de musculação, sobretudo para pessoas idosas”, disse Isadora Ribeiro, primeira autora do artigo.

Segundo ela, a musculação pode proteger o cérebro contra demências a partir de duas frentes: estimulando a produção do fator de crescimento neural (proteína importante para o crescimento, manutenção e sobrevivência de neurônios) e promovendo a desinflamação global do organismo.

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“Os indivíduos do grupo que praticou musculação apresentaram melhoras de memória e na anatomia cerebral. No entanto, cinco deles chegaram ao final do estudo sem o diagnóstico clínico de comprometimento cognitivo leve, tamanha foi a melhora. Isso nos leva a imaginar que treinamentos mais prolongados, de três anos, por exemplo, possam reverter esse diagnóstico ou atrasar qualquer tipo de progressão da demência”, ressaltou Isadora.

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