HC da Unicamp usa “coração artificial” pela 1ª vez para salvar bebê de 1 ano
Criança contraiu virose que evoluiu para uma insuficiência cardíaca gravíssima
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Camila Stucaluc
Um bebê de um ano e sete meses foi o primeiro paciente do Hospital de Clínicas (HC) da Unicamp a usar uma bomba centrífuga externa CentriMag, que funciona como um “coração artificial”. O procedimento, segundo a equipe médica, foi realizado em janeiro.
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Os cirurgiões contaram que o bebê contraiu uma virose, que acabou causando uma miocardite viral e evoluiu para uma insuficiência cardíaca gravíssima – podendo levar a uma falência irreversível do órgão. Para estabilizar o quadro, a criança recebeu suporte da ECMO-VA (oxigenação por membrana extracorpórea veno-arterial) por 18 dias.
Apesar dos esforços, não houve sinais de melhora na função cardíaca e o bebê foi colocado na fila de transplante de coração. A piora no quadro fez a equipe pediátrica optar por um suporte circulatório prolongado utilizando a tecnologia CentriMag.
Carlos Lavagnoli, cirurgião cardíaco, explicou que o dispositivo tem um papel crucial como “ponte para o transplante” ou “ponte para recuperação”. “A tecnologia é usada para garantir a estabilização do paciente, seja aguardando um transplante, seja para recuperação após complicações graves, como falência cardíaca ou pulmonar”, contou Lavagnoli.
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A decisão foi apoiada pela superintendente do HC, Elaine Cristina de Ataíde, que informou que a criança se recuperou e vem apresentando boa evolução clínica. Ela continua internada na UTI Pediátrica, porém sem uso de aparelhos.