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Saúde

Governo federal reconhece situação de emergência por dengue em Goiás

Mais de 23,2 mil casos da doença já foram registrados no estado desde janeiro; número de mortes chega a quatro

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Imagem com um mosquito da dengue pousado em um braço
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O governo federal reconheceu situação de emergência por doenças infecciosas virais em Goiás. A decisão, publicada no Diário Oficial da União desta sexta-feira (9), acontece em meio ao rápido aumento no número de casos de dengue no estado. Desde janeiro, foram contabilizados mais de 23,2 mil ocorrências, além de quatro mortes pela doença.

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Na portaria, o governo federal considera a decisão do governo de Goiás de 2 de fevereiro, data em que o estado decretou situação de emergência em saúde pública devido à dengue. O decreto autoriza medidas necessárias para evitar internações, casos graves e mortes, incluindo a dispensa de licitação para aquisição de insumos e materiais de saúde.

“Fica admitida ainda a contratação de pessoal por tempo determinado, o remanejamento, lotação ou colocação em exercício provisório dos servidores da Secretaria de Saúde, de acordo com a necessidade levantada pelas áreas técnicas”, diz o texto. Servidores de unidades de saúde também podem ter as férias suspensas no período.

Além de Goiás, estados como Minas Gerais, Rio de Janeiro, Acre, além do Distrito Federal, decretaram situação de emergência por causa da dengue. Centros de Operações de Emergências (COE) de combate ao mosquito Aedes aegypti, responsável pela transmissão da doença, foram instalados nos locais, assim como tendas de atendimento.

Na quinta-feira (8), o Ministério da Saúde iniciou a distribuição do primeiro lote de vacinas contra a dengue, da fabricante Takeda. Segundo a pasta, as primeiras doses serão destinadas a crianças de 10 a 11 anos, em 521 municípios selecionados. A expectativa é que a data do início da campanha de vacinação seja anunciada ainda hoje.

Enquanto o imunizante não está disponível para todos os públicos, a pasta recomenda a adoção de medidas preventivas para evitar o mosquito Aedes aegypti. Entre as orientações, está a eliminação de água parada nas casas e o uso de repelentes.

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"O calor recorde e as chuvas acima da média desde o ano passado aumentaram os focos do mosquito transmissor. Precisamos redobrar os cuidados com as nossas casas e em volta delas. Vamos tampar as caixas d'água, descartar o lixo corretamente, manter as vasilhas de água dos animais sempre limpas, guardar garrafas e pneus em locais cobertos e retirar água acumulada dos vasos e plantas", disse a ministra da Saúde, Nísia Trindade.

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