Gangorra do tempo: como mudanças de temperatura podem impactar a saúde?
Especialista ressalta que variações bruscas nos termômetros deixam o corpo mais vulnerável e sensível; veja como se cuidar
Algumas regiões brasileiras viram mudanças bruscas de temperatura nos últimos dias. Até esta sexta-feira (23), o calor predominava nas regiões Centro-Oeste e Sudeste. Com a chegada de uma massa de ar frio vinda da Argentina e do Uruguai, no entanto, a temperatura despencou a partir de sábado (24). Como essa gangorra do tempo pode impactar a saúde?
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De acordo com o otorrinolaringologista Fernão Bevilacqua, as variações bruscas de temperatura deixam o corpo mais vulnerável, o que pode colaborar com o aumento de quadros respiratórios, como sinusite e rinite, principalmente em crianças e idosos.
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"A rinite é um processo inflamatório do nariz e a sinusite também é, mas as vezes vem junto com um processo infeccioso, e resulta em um quadro conhecido como rinosinusite. Se o próprio corpo fica mais sensível com as mudanças de temperatura, esses quadros tendem a aumentar", explicou.
No entanto, ele ressalta que alguns cuidados simples, como alimentação balanceada, beber água e manter uma boa hidratação ao longo do dia, podem minimizar os impactos na saúde.
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O pneumologista Eduardo Garcia ressalta que, inclusive, é importante "tomar mais água do que a sede".
"Às vezes, a nossa percepção não está tão acurada, mas o nosso corpo precisa do líquido. Então não pode esquecer de se hidratar", ressaltou
A quantidade ideal para o consumo diário de água, segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), varia de acordo com o peso de cada um.
Por exemplo, 2,5 litros para um homem de 70 kg e 2,2 litros para uma mulher de 58 kg.
O que mais é possível fazer?
A transmissão e proliferação de doenças bacterianas e virais são mais comuns durante períodos com baixa umidade, o que pode ser agravado com a fumaça das queimadas que se espalham pelo país, principalmente em São Paulo, estado mais afetado, Brasília (DF), Goiânia (GO), Belo Horizonte (MG).
Veja dicas de prevenção:
- Lavar as mãos;
- Evitar tossir em público e sempre proteger a boca ao tossir;
- Boa alimentação;
- Lavagem nasal.
“O ar seco diminui a produção do muco nasal. Com a lavagem, removemos secreção, melhoramos o ressecamento, sem deixar a mucosa despreparada e desprotegida para a entrada do vírus invasor", explica a otorrinolaringologista Juliana Cola Carvalho.