Saúde

Secretaria de Saúde do DF interdita distribuidora onde rapper Hungria comprou bebida supostamente adulterada

Ação também bloqueou lote de bebida de rede de supermercados; Ministério da Saúde contabiliza 59 casos suspeitos de intoxicação e 11 confirmados no país

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O Governo do Distrito Federal confirmou, nesta quinta-feira (2), que investiga um caso suspeito de intoxicação por metanol após o consumo de bebida alcoólica adulterada em Brasília. O rapper Hungria foi atendido no Hospital DF Star, que notificou a Secretaria de Saúde.

De acordo com a pasta, o caso cumpre os critérios definidos pelo Ministério da Saúde, mas segue em investigação pela Vigilância Epidemiológica do DF. Equipes foram mobilizadas para reforçar a fiscalização em bares, restaurantes, quiosques, trailers e distribuidoras.

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A Vigilância Sanitária interditou a distribuidora onde a bebida foi comprada, que não tinha licença de funcionamento e vendia produtos clandestinos.

Após investigação, testemunhas contaram que Hungria teria adquirido mais unidades da mesma bebida em uma rede de supermercados 24 horas da capital Federal. A partir da identificação do lote suspeito, foi realizada interdição cautelar do estoque de toda a rede. Amostras já foram encaminhadas ao Ministério da Agricultura e Pecuária para análise laboratorial.

O rapper Hungria, de 34 anos, foi internado no hospital particular DF Star, em Brasília, com sintomas similares aos de intoxicação por metanol. O caso é tratado como "suspeita de ingestão de bebida adulterada".

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Panorama nacional

O Ministério da Saúde registrou, nesta quinta-feira (2), 59 casos suspeitos de intoxicação por metanol. 11 já foram confirmados. Do total, cinco são em Pernambuco, um no Distrito Federal e os demais no estado de São Paulo.

Durante uma coletiva de imprensa, o ministro Alexandre Padilha orientou os profissionais de saúde a não aguardarem a confirmação laboratorial para iniciar o tratamento. Segundo ele, dores em cólica na região abdominal, alterações visuais e histórico de ingestão de bebidas alcoólicas já são indicativos de intoxicação. Padilha também orientou a população a evitar o consumo de destilados, sobretudo incolores.

Diante do aumento de casos, o Ministério da Saúde instalou uma sala de situação para monitorar os casos em tempo real e orientar estados e municípios sobre os protocolos de atendimento.

O que fazer em caso suspeito

A Secretaria de Saúde do DF orienta que casos suspeitos de intoxicação sejam imediatamente comunicados ao Centro de Informação e Assistência Toxicológica (CIATox), pelos telefones 99288-9358 e 0800 644 6774, que oferecem suporte ao manejo clínico.

A notificação deve ser feita ao Centro de Informações Estratégicas em Vigilância em Saúde (CIEVS/DF), com envio da ficha de intoxicação exógena para o e-mail notificadf@saude.df.gov.br.

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