Dermatite no inverno: como proteger a pele do frio e da baixa umidade?
Climas extremos têm impacto significativo nas barreiras naturais de proteção da pele; entenda motivo

Brazil Health
Os climas extremos têm impacto significativo nas barreiras naturais de proteção da pele. No inverno, o ar frio, seco e com baixa umidade ambiental compromete essa barreira, favorecendo o ressecamento e agravando condições como dermatite atópica, psoríase e rosácea.
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Doenças que costumam piorar com o frio
Entre as doenças dermatológicas que apresentam piora nos meses mais frios estão:
- Dermatite atópica;
- Dermatite de contato;
- Dermatite seborreica;
- Psoríase;
- Ictiose;
- Rosácea.
Os banhos quentes são grandes vilões nessa época do ano. A água muito quente remove o manto lipídico que protege naturalmente a pele, deixando-a mais exposta e vulnerável à perda de água. Esse ressecamento causa descamação, coceira e pode agravar ainda mais quadros de dermatite e psoríase. Além disso, o calor excessivo pode desequilibrar a flora natural da pele, facilitando a proliferação de microrganismos patogênicos.
Cuidados essenciais com a pele no inverno
Para preservar a saúde da pele durante o inverno, é fundamental adotar medidas simples no dia a dia:
- Usar água morna nos banhos;
- Reduzir o tempo de exposição ao chuveiro;
- Evitar sabonetes agressivos; se possível, usá-los apenas em áreas de dobras e regiões íntimas;
- Utilizar umidificadores de ambiente;
- Aplicar hidratantes específicos que ajudem a repor a barreira lipídica e a manter a hidratação natural da pele;
Hidratantes mais indicados para a estação
Durante o inverno, alguns tipos de hidratantes são especialmente benéficos:
- Umectantes: atraem água para a pele
- Emolientes: suavizam e melhoram a textura da pele
- Oclusivos: formam uma barreira para evitar a perda de água
- Reparadores da barreira: simulam a proteção cutânea natural
Em casos leves, a hidratação adequada e os cuidados diários costumam ser suficientes para controlar os sintomas. No entanto, quando há piora progressiva, sinais de infecção ou prejuízo à qualidade de vida, é fundamental buscar avaliação médica especializada.
* Vivian Bassi Guerreiro é dermatologista credenciada pelo CRM 94621