Obras deixam metade de Porto Alegre sem água
Situação atinge bairros da zona norte e leste da capital gaúcha e deve durar até a madrugada de terça-feira (15)

Aline Schneider
Cerca de 600 mil moradores de Porto Alegre podem enfrentar falta de água nesta semana devido a obras simultâneas realizadas pelo Departamento Municipal de Água e Esgotos (DMAE), orgão da prefeitura da capital gaúcha. A interrupção temporária atinge bairros das zonas Norte e Leste da capital.
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O açougueiro Paulo Lago relata os impactos da escassez no trabalho. "A gente que trabalha com carne tem que estar sempre se limpando. Não tem nada de água. Isso é o transtorno", afirma.
As intervenções ocorrem em seis pontos distintos, incluindo a estação de bombeamento de água tratada Ouro Preto. Segundo o diretor executivo do DMAE, Vicente Perrone, os serviços fazem parte de um investimento de R$ 87 milhões iniciado em 2023. "A ideia é diminuir as faltas d'água, principalmente nas áreas mais distantes. Condutos mais novos conduzem mais água e, quando houver parada, o impacto será menor", explica.
Durante a interrupção, caminhões-pipa estão sendo disponibilizados, com prioridade para hospitais, escolas e unidades de saúde. "As superprefeituras estão coordenando as demandas. A previsão é que o religamento da estação ocorra entre a noite de segunda e a madrugada de terça-feira", disse Perrone.
Após o retorno, a água pode apresentar alterações temporárias na cor ou no gosto, mas o DMAE garante que não há risco à saúde. Em caso de problemas persistentes, o órgão orienta que a população entre em contato pelo telefone 156.
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Enquanto o serviço não é normalizado, resta economizar. "O pouco que tem, tem que poupar. Estão dizendo que vai demorar três dias. E aí, nós aqui... É difícil", desabafa Paulo.