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Saúde

Demi Moore diz que sentiu medo após parto da filha em casa; quais são os riscos?

Rumer Willis, sua filha de 36 anos, teve a neta da atriz de Hollywood em parto domiciliar; Ministério da Saúde não recomenda prática

Imagem da noticia Demi Moore diz que sentiu medo após parto da filha em casa; quais são os riscos?
Filha de Demi Moore teve neta da atriz em parto domiciliar | Reprodução/Instagram
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Em recente entrevista à revista People, a atriz Demi Moore relembrou que ficou apreensiva com o parto domiciliar da filha mais velha, Rumer Willis. A primogênita do casamento de Moore com o ator Bruce Willis deu à luz sua primeira filha, Louetta Isley Thomas Willis, no dia 18 de abril de 2023, em casa.

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Embora o nascimento tenha ocorrido sem intercorrências graves, a atriz revelou que temeu pela vida da filha e da neta durante o processo.

"Houve um momento em que eu pensei: 'Ah, meu Deus, não sei se ela vai conseguir'", declarou Demi.

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A experiência de Rumer, apesar de bem-sucedida, reacende o debate sobre o parto domiciliar e os riscos envolvidos. A atriz não deu detalhes.

O que diz o Ministério da Saúde sobre parto em casa

No Brasil, o Ministério da Saúde recomenda que todos os partos sejam realizados em ambiente hospitalar, onde há estrutura adequada e acesso imediato a suporte médico em caso de emergências com mãe ou bebê.

Dados do Departamento de Informática do SUS (DataSUS) mostram que menos de 1% dos nascimentos no Brasil são por parto domiciliar.

Segundo a pasta, o parto domiciliar pode representar riscos, especialmente em casos de complicações imprevisíveis, como hemorragias, sofrimento fetal agudo, dificuldades respiratórias do recém-nascido ou necessidade de cesariana de urgência.

A recomendação é respaldada por entidades como a Federação Brasileira das Associações de Ginecologia e Obstetrícia (Febrasgo), que destaca que, embora o parto humanizado seja importante, ele deve ocorrer com suporte médico adequado.

O parto domiciliar pode ser considerado?

Em audiência pública realizada na Comissão Especial sobre Violência Obstétrica e Mortalidade Materna, em agosto de 2023, especialistas debateram as diferenças entre parto simplesmente fora do ambiente hospitalar e quando é realizado em ambiente domiciliar, mas de forma assistida. Essa poderia se tornar uma opção caso houvesse mais investimento na capacitação de profissionais, ampliação da oferta e viabilização a assistência pelo SUS, em caso de necessidade durante o parto, na visão de Tanila Amorim, do Coletivo SobreParto.

Mas Paula Viana, da ONG feminista Grupo Curumim, alerta que, apesar do reconhecimento do Ministério da Saúde, as parteiras tradicionais não contam com apoio e "normalmente trabalham sozinhas e em condições precárias" e atendem onde SUS não chega.

No entanto, o Ministério da Saúde pontua que não há "estudos clínicos randomizados, com metodologia rigorosa, que corroborem uma suposta segurança no nascimento em ambiente domiciliar".

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