Casos graves de vírus respiratórios caem do Brasil; 21 estados ainda enfrentam número alto de doenças
Crianças e idosos são os mais afetados; Amazonas e Campo Grande registram tendência de alta de casos

Gabriella Rodrigues
O número de internações por Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG) começou a cair no Brasil, segundo o Boletim InfoGripe da Fundação Osvaldo Cruz, divulgado nesta quinta-feira (24). Os dados se referem à Semana Epidemiológica 29, entre 13 e 19 de julho.
A queda está ligada à redução de hospitalizações por influenza A e vírus sincicial respiratório (VSR). Mesmo assim, os casos continuam altos, principalmente entre crianças pequenas, nas quais o VSR é o vírus mais comum, e entre idosos, grupo mais afetado pela influenza A.
Entre os estados, o Amazonas é o único com crescimento contínuo de SRAG, especialmente entre crianças. Campo Grande (MS) foi a única capital com aumento recente, afetando quase todas as faixas etárias. Outras 20 unidades da federação, como Bahia, Distrito Federal, Goiás, Maranhão, Minas Gerais, Pará, Paraná, Rio de Janeiro e Rio Grande do Sul, estão em alerta, risco ou alto risco, embora sem tendência de alta nas últimas semanas.
Nas últimas quatro semanas, o VSR foi o vírus mais identificado entre os casos positivos (50,6%), seguido por rinovírus (26,2%), influenza A (21,2%), Covid-19 (2,9%) e influenza B (1,5%).
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Entre os óbitos, a maioria foi causada por influenza A (63,2%). Os casos graves de Covid-19 seguem estáveis na maior parte do país, com exceção do Ceará, onde houve aumento leve. No Rio de Janeiro, a alta recente não se confirmou.
Desde o início de 2025, o país já registrou mais de 139 mil casos de SRAG, sendo que metade teve confirmação para algum vírus respiratório. A Fiocruz reforça a importância de manter a vacinação contra gripe e covid-19 atualizada. Em estados com maior circulação viral, a recomendação é usar máscara em locais fechados ou ao apresentar sintomas como tosse, febre ou dor de garganta.