Publicidade
Saúde

'Câncer do 11 de setembro': entenda doença que atinge sobreviventes e socorristas

Quase 50 mil pessoas foram afetados por condição que já mata mais que os atentados às torres gêmeas; entenda

Imagem da noticia 'Câncer do 11 de setembro': entenda doença que atinge sobreviventes e socorristas
Atentado às torres gêmeas ainda causa doenças em pessoas | Robert Levine/Wikimedia/Commonsristas
• Atualizado em
Publicidade

Passados mais de 20 anos dos atentados de 11 de setembro, em Nova York, os efeitos da tragédia continuam a se manifestar na forma de doenças graves. Quase 50 mil pessoas, entre sobreviventes e socorristas, já receberam diagnósticos de câncer associados à exposição às nuvens tóxicas que se espalharam após a queda das torres gêmeas.

+ 11/09: ataque a Torres Gêmeas completa 24 anos com mais de mil vítimas não identificadas

Hoje, o número de mortes ligadas a essas doenças já supera o de vítimas fatais daquele dia, que matou quase 3 mil pessoas no mesmo dia. Até agora, mais de 8.200 pessoas cadastradas no programa morreram, sendo 3.767 com câncer confirmado.

Como surgiram os cânceres ligados ao 11 de setembro?

Quando os prédios do World Trade Center desabaram, toneladas de materiais foram pulverizadas e lançadas ao ar. A mistura incluía amianto, sílica, metais pesados e compostos cancerígenos, que permaneceram em Manhattan e no Brooklyn por semanas. Incêndios que se prolongaram até dezembro de 2001 também continuaram liberando fumaça tóxica durante meses.

+ O casal que se conheceu em meio aos resgates do 11 de Setembro

Ao todo, cerca de 400 mil pessoas foram expostas a esses contaminantes — desde moradores e estudantes até policiais, bombeiros e equipes de resgate. Muitos inalaram a poeira diariamente, sem proteção adequada, e os efeitos dessa exposição só começaram a aparecer anos depois.

Quais são os tipos de câncer mais comuns?

Segundo o Programa de Saúde do World Trade Center, já são 48.579 diagnósticos de câncer entre sobreviventes e socorristas. Os mais frequentes são:

  • Câncer de pele não melanoma;
  • Câncer de próstata;
  • Câncer de mama.

Também foram registrados casos de melanoma, linfoma, cânceres de tireoide, rim, pulmão e bexiga, além de leucemia. O padrão chama atenção: são doenças de longa latência, que podem surgir décadas após a exposição inicial.

Impactos na saúde física e mental

Além das doenças oncológicas, há registros de problemas respiratórios, refluxo e até 17 mil casos de transtorno de estresse pós-traumático (TEPT), além de depressão, ansiedade e síndrome do pânico.

Buscas por "Câncer de 11 de setembro" em alta no Google

O interesse de busca por "Câncer de 11 de setembro" está em alta no Google Brasil na comparação com os últimos 12 meses. Os dados são do Google Trends, ferramenta que exibe os termos mais populares no buscador.

Interesse de busca por "câncer do 11 de setembro" | Reprodução/Trends
Interesse de busca por "câncer do 11 de setembro" | Reprodução/Trends
Publicidade

Assuntos relacionados

Saúde
Câncer
11 de setembro
Publicidade

Últimas Notícias

Publicidade