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Saúde

FioCruz pede que municípios não relaxem medidas de prevenção à Covid-19

De acordo com a Instituição, a busca por internações hospitalares e assistência médica especializada pode aumentar, após as festas de final de ano

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Passageiros em pé dentro do metrô
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A Fundação Oswaldo Cruz (FioCruz) divulgou, na última segunda-feira (14), um alerta aos prefeitos eleitos ou reeleitos em novembro para que as prefeituras não relaxem nas medidas de prevenção contra a disseminação do novo coronavírus. As recomendações estão no novo Boletim do Observatório Fiocruz Covid-19, e visam conscientizar as autoridades sobre o possível agravamento da pandemia no período pré e pós festas de final de ano. 

Os especialistas da FioCruz chegaram à conclusão que ao longo das semanas epidemiológicas 48 e 49 (22 de novembro a 5 de dezembro), o Brasil apresentou um expressivo aumento no número de casos e de óbitos por Covid-19. Só na semana entre 29 de novembro e 5 de dezembro, por exemplo, foram registrados 286.905 casos e 4.067 óbitos por Covid-19, uma média de 580 óbitos por dia. Esses valores se aproximam dos verificados durante o mês de maio, quando teve início a pior fase da pandemia já vivenciada no país.

De acordo com o relatório, "as taxas de ocupação de leitos de UTI Covid-19 para adultos, em estados e capitais, obtidas no dia 7 de dezembro, sinalizam uma piora no panorama de disponibilidade de leitos de UTI para o atendimento da Covid-19 no país". 

"Com a proximidade de uma vacina contra a covid-19, é necessário reforçar as orientações de prevenção, lembrando que, até que tenhamos um considerável contingente populacional coberto pela vacina, não será possível alterar as medidas atuais", alerta o documento.

Segundo o relatório, esses indicadores devem servir como alerta para todo o sistema de saúde, no sentido de reforçar a infraestrutura hospitalar e intensificar ações de atenção primária integrada à vigilância em saúde.

O boletim também sinaliza um aumento de casos e óbitos em diversos estados nas próximas semanas, tendo o Nordeste como centro crítico para a transmissão e incidência de casos graves, hospitalizações e possíveis mortes.

Recomendações

A Fundação Oswaldo Cruz destaca três grupos de ações que consideram importantes, no âmbito municipal:

- Reforço, por meio de legislações e decretos, das medidas de isolamento com proteção social dos grupos vulneráveis, bem como intensificadas campanhas de prevenção, tais como cartazes em locais públicos, serviços e comércios, televisão, rádios locais e comunitárias, internet, Facebook, Instagram e Twitter, entre outros;

- Organização de ações de saúde e intersetoriais, a partir de uma abordagem populacional, territorial e comunitária, envolvendo a Atenção Primária à Saúde (APS);

- Preparação para as campanhas de vacinação. Nas recomendações, destaca-se a importância dos municípios, protagonistas na conservação dos lotes de vacinas recebidos, na sua aplicação (organizar as instalações e capacitar o pessoal de saúde) e monitoramento de eventos adversos, prevendo-se a necessidade de duas doses e priorização de grupos mais vulneráveis.

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