Funcionários e seguranças de mercado torturam suspeitos de furto
Agressões foram flagradas por câmera de monitoramento
Lucas Abati
A polícia do Rio Grande do Sul investiga um crime de tortura após câmeras de monitoramento de um supermercado em Canoas flagrarem seguranças privados e funcionários agredindo duas pessoas suspeitas de furto no local.
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O crime foi registrado em 12 de outubro, mas as imagens vieram à tona. As pessoas, brutalmente agredidas, tentavam furtar pedaços de picanha. A dupla foi levada ao depósito do local, onde sofreram a sessão de tortura por mais de uma hora. Martelo, cabo de vassoura e até pallets (estruturas de madeira) foram jogadas nas vítimas.
Sete pessoas estavam presentes. Quatro delas foram identificadas e devem ser ouvidas. Entre os envolvidos, o gerente e o subgerente do supermercado, e funcionários terceirizados de uma empresa de segurança. Os criminosos ainda debocharam da dupla e tiraram fotos, sorrindo. Os torturados ainda teriam sido ameaçados de morte.
Os dois agredidos não relataram à polícia o que tinha ocorrido por medo de ameaças. No entanto, as vítimas foram atendidas em um hospital, que informou à polícia sobre duas pessoas brutalmente agredidas, vítimas de violência. Os agentes ouviram testemunhas e descobriram que o crime ocorreu no estabelecimento comercial.
Os investigadores foram ao mercado para obter as imagens. Lá, um funcionário tentou apagar os vídeos das câmeras enquanto os agentes eram atendidos por outra pessoa. Os policiais levaram os equipamentos e conseguiram recuperar os dados.
O supermercado UniSuper afirmou que demitiu os funcionários envolvidos na violência e encerrou o contrato com a empresa terceirizada de segurança.
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