Presidente do PL, Valdemar diz que vitória de Trump nos EUA pode impulsionar Bolsonaro no Brasil
Cacique partidário parabenizou republicano e afirmou que o resultado é importante para o avanço da direita
Lis Cappi
O presidente do PL, Valdemar Costa Neto, celebrou a vitória de Donald Trump nas eleições dos Estados Unidos. Por meio de nota, divulgada nesta quarta-feira (6), Valdemar também afirmou que o resultado eleitoral pode contribuir com a eleição do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) no Brasil.
"Esta conquista representa um marco importante para o fortalecimento de valores conservadores e de direita em todo o mundo", diz. "Também reforça a importância da continuidade deste movimento no Brasil, onde trabalharemos com determinação para eleger o presidente Jair Bolsonaro nas eleições de 2026."
O comunicado divulgado ignora que Bolsonaro está proibido de concorrer até 2030. O ex-presidente está inelegível desde que o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) considerou que ele cometeu abuso de poder político enquanto estava na presidência.
A posição de magistrados se deu a partir de uma reunião com embaixadores no Palácio do Planalto, em julho de 2022, quando o então mandatário questionou sem provas as urnas eletrônicas. O ex-presidente também usou canal público de comunicação para transmitir o encontro com representantes dos países.
Pela decisão da Corte, a situação foi criminosa por ter excedido ações que poderiam ser tomadas por Bolsonaro, levando à pena de inelegibilidade por oito anos.
Em entrevista recente, Bolsonaro afirmou que a defesa pretende recorrer das decisões, mas não há qualquer expectativa de mudança na decisão da Corte Eleitoral. Outras ações contra o ex-presidente ainda serão julgadas.
Trump e Bolsonaro
O eleito nos Estados Unidos e o ex-presidente são aliados políticos. Após a divulgação do resultado eleitoral no país, o político brasileiro divulgou uma publicação comemorando a eleição de Trump. "Parabéns, meu amigo, por esta vitória épica", declarou Bolsonaro.
Caso seja convidado para a posse do republicano em fevereiro, Bolsonaro não poderá confirmar presença sem autorização do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF). O passaporte do ex-presidente está retido pela Polícia Federal (PF) por decisão do magistrado ligada a apurações ainda em andamento contra o político.