Troca na Justiça: o que une Tebet, Lewandowski, Messias, Carvalho e Wellington?
Nenhum dos cinco cotados tem um nome para a Secretaria Nacional de Segurança Pública. PSB, de Dino, tenta emplacar Ricardo Capelli
A falta de um nome para o cargo de secretário nacional de Segurança Pública é uma dificuldade comum entre os cinco favoritos para o comando do Ministério da Justiça em substituição a Flávio Dino. Simone Tebet, Ricardo Lewandowski, Jorge Messias, Vinícius de Carvalho e Wellington Silva até começaram a buscar informações sobre os principais especialistas no combate à violência urbana. Mas ainda patinam no "processo de seleção".
Por que isso importa: um nome forte para a Secretaria Nacional de Segurança Pública (Senasp) é o principal desafio do governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que decidiu manter o órgão no guarda-chuva do Ministério da Justiça, mas sabe que o combate à violência é um dos maiores problemas da gestão até aqui. O tema será explorado por bolsonaristas nas eleições municipais e o PT tem pouco a mostrar no plano federal.
O escolhido do PSB: o partido do atual ministro da Justiça, Flávio Dino - que está de malas prontas para o Supremo - já desistiu de manter o comando da pasta. Mas quer emplacar na Senasp o atual secretário-executivo do ministério, Ricardo Capelli, que ganhou destaque como interventor na Segurança Pública no Distrito Federal depois dos atos golpistas de 8 de janeiro.
Entenda a equação: os favoritos ao cargo de ministro sabem, entretanto, que caso Capelli assuma a Senasp, ele poderá ganhar mais musculatura do que o próprio escolhido por Lula. Homem forte de Dino, Capelli é visto como um nome natural do PSB na corrida pelo Governo do Distrito Federal em 2026, mas precisa de um posto de destaque. A Senasp cairia como uma luva na avaliação do partido.