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Política

Tarifaço: Governador do Maranhão defende que reciprocidade seja o último recurso do Brasil

Carlos Brandão defende soluções regionalizadas e missão de governadores aos EUA; reunião sobre tarifaço com Geraldo Alckmin será na próxima semana

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O governador do Maranhão, Carlos Brandão (PSB), disse nesta terça-feira (29) que "diálogo precisa permanecer até esgotar" quando questionado sobre as negociações entre o Brasil e o presidente norte-americano Donald Trump sobre o tarifaço. Em entrevista ao SBT News, o governador afirmou que a Lei da Reciprocidade apenas pode ser aplicada se as negociações entre os países forem até o final.

"Eu acho que pode ter reciprocidade, desde que esgote todas as negociações. De forma que o governo norte-americano faça uma reflexão", afirma.

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A Lei da Reciprocidade Econômica foi assinada pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) no dia 14 de julho e publicada no Diário Oficial da União (DOU) no dia 15 do mesmo mês, em resposta às tarifas de 50% do governo Trump.

Em relação aos impactos do tarifaço, o governador Carlos Brandão diz que estão todos preocupados com a medida. "Isso inviabiliza muitas indústrias, que pode trazer demissões em massa. O desemprego é tudo o que a gente não quer. O Brasil está em um momento de muito desemprego", acrescenta.

Carlos Brandão fala que a questão mais crítica é a do papel e da celulose, que o Brasil exporta. E a tarifa afeta, principalmente, a maior empresa de celulose do país, a Suzano.

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Por conta da proximidade do tarifaço, que vai começar em 1º de agosto, o governador do Distrito Federal, Ibaneis Rocha (MDB), pediu ao vice-presidente Geraldo Alckmin (PSB), uma reunião para esta quarta-feira (30) com os governadores brasileiros. Mas, o governador não estará presente.

Na semana que vem, na terça e quarta-feira, o governador comentou que vai participar de reunião com Geraldo Alckmin e com governadores do Nordeste. Sobre o vice-presidente, Brandão diz que ele é uma pessoa "equilibrada" e tem o perfil para essa conversa a respeito do tarifaço.

O governador também confia que "a gente vai avançar e vai conseguir diminuir essa tarifa". No entanto, com o aumento das tarifas, ele incentiva que o Brasil precisa negociar com o mercado exterior.

Mapa da fome e COP-30

Além de citar o desemprego, geração de renda e o prejuízo nas industrias, o governador citou a Conferência das Nações Unidas sobre as Mudanças Climáticas (COP30) e falou sobre o Mapa da Fome.

O Brasil saiu do Mapa da Fome na segunda-feira (28) depois de o país reduzir a insegurança alimentar grave para menos de 2,5% da população. No Maranhão, o governador cita algumas políticas como o aumento de restaurantes populares, o Programa de Compras da Agricultura Familiar e Economia Solidária (Procaf) e o "Programa Maranhão Livre da Fome".

Em relação a COP30, ele fala sobre alguns projetos do governo do Maranhão. Entre eles estão o "Terra para Elas" e o andamento de faculdades dentro de terras indígenas.

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O governador maranhense também faz parte do Consórcio Interestadual de Desenvolvimento Sustentável do Nordeste - autarquia interestadual brasileira formada por 9 Estados, que está fazendo um mapeamento “técnico e detalhado” dos impactos do tarifaço.

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