STF forma maioria para homologar plano para transparência de emendas parlamentares
Acordo dá mais rastreabilidade ao dinheiro repassado a estados e municípios

Vinícius Nunes
O Supremo Tribunal Federal (STF) formou maioria nesta sexta-feira (28) para validar a decisão do ministro Flávio Dino em homologar o plano de trabalho de governo e Congresso para dar mais transparência às emendas parlamentares.
Acompanharam o relator os ministros Luís Roberto Barroso, Nunes Marques, Alexandre de Moraes, Cristiano Zanin e Edson Fachin.
+ "As pessoas se cansam de brigar também", diz Gilmar Mendes sobre acordo no caso das emendas
O acordo homologado reforça a transparência e rastreabilidade das emendas parlamentares, incluindo as de bancada (RP7), de comissão (RP8) e de relator (RP9).
Também foi criada uma auditoria específica para fiscalizar as transferências especiais, as chamadas emendas Pix, em que o parlamentar precisa fazer a indicação da emenda e da entidade que vai receber os recursos.
A Controladoria-Geral da União (CGU) aprimorou o Portal da Transparência, adicionando filtros detalhados e integração com outros ministérios. Os responsáveis pelo monitoramento das emendas são a CGU e o Tribunal de Contas da União (TCU).
A liberação por parte de Dino não impacta as emendas de 2025, atingindo apenas as que tiverem:
+ Impedimentos técnicos identificados;
+ Suspensão específica, anteriormente determinada pelo STF, por auditorias em ONGs e demais instituições do terceiro setor;
+ Recursos destinados à Saúde que não estejam em contas específicas e regularizadas;
+ Transferências sem plano de trabalho;
+ Falta de comprovação que irão para comissão ou bancada;
+ Incidência de ordem judicial de outra instância do Poder Judiciário ou das instituições de controle.
Os votos faltantes dos ministros podem ser apresentados no sistema até o dia 5 de março, próxima quarta.