Senadora defende presença de instrumentos legais para favorecer participação de mulheres na política
Ao Perspectivas, Eliziane Gama afirmou que há necessidade de ação efetiva para aumentar participação do sexo feminino no cenário político
Convidada do programa Perspectivas desta terça-feira (11), a senadora Eliziane Gama (PSD-MA) falou sobre os desafios que as mulheres enfrentam na política, especialmente com as baixas porcentagens de cargos ocupados pelo sexo feminino nas casas legislativas. Para mudar essa situação, ela recomendou "ação impositiva".
"Você tem uma população hoje de mais mulheres do que homens no Brasil. Mas você pega, por exemplo, o poder Legislativo brasileiro de uma forma geral, as câmaras municipais do Brasil todo, as câmaras legislativas, assembleias legislativas do país, Câmara, Senado, todos têm muito menos de 20% de participação", afirmou, em conversa com a jornalista Paula Cuenca. Eliziane Gama vai, por sinal, se lançar para concorrer à presidência do Senado em 2025.
"A gente não vai mudar esse cenário se não tiver ação hoje, impositiva e efetiva (...) Para a representação política, nós temos que ter cota, não tem outra saída (...) Você vê vários outros países aqui na América que a participação feminina é quase o dobro da participação brasileira por conta de instrumentos ativos. Então, você tem que ter instrumento legal para isso", apontou.
"Se não tiver, a gente não vai conseguir avançar. Por exemplo, se a gente tivesse hoje no Senado Federal 40 mulheres senadoras, não há dúvida nenhuma de que a possibilidade de uma mulher presidente seria mais real, porque a gente teria mais mulheres", analisou, em referência às recentes eleições no México, que elegeram a presidente Claudia Sheinbaum.
A entrevista completa com Eliziane Gama pode ser conferida no site e no canal do SBT News no YouTube.