Semana esvaziada na Câmara vai diminuir impacto do salário de Chiquinho Brazão
Preso, deputado recebeu pagamento integral de R$ 44 mil em março; descontos de abril serão menores por falta de atividade na semana
A semana esvaziada na Câmara dos Deputados vai contribuir no saldo final do salário de abril do deputado Chiquinho Brazão (sem partido-RJ), que está preso desde 24 de março pela suspeita de ter sido um dos mandantes do assassinato da vereadora Marielle Franco (PSOL-RJ).
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Em março, o parlamentar recebeu o salário integral, mesmo com os dias em que esteve preso. Foram R$ 44.008,52 em valor bruto. Após descontos de imposto de renda e previdência, o valor que caiu na conta dele foi de R$ 28.713,79.
Segundo a Câmara dos Deputados, alguns descontos por ausências em votações no plenário serão computados no fechamento do contracheque de abril. Mas o valor ainda terá o impacto da semana morna na Câmara dos Deputados. Sem votações em plenário desde o começo do mês, serão menos dias a descontar da conta do deputado.
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“Eventuais descontos da última semana do mês só têm efeitos na folha de pagamento seguinte. O valor do desconto depende do total de sessões realizadas. A contabilização é realizada no fechamento da folha”, aponta a Câmara, em nota.
Brazão receberá o salário de deputado enquanto ainda estiver em posse do cargo. Uma possível cassação de mandato, que o afastaria oficialmente do cargo, depende ainda de análise de outros parlamentares, em processo que se inicia no Conselho de Ética. Há expectativa de que a medida seja aberta em abril.
Prisão de Brazão
O deputado está preso desde o último dia 24, após uma operação da Polícia Federal ligada à morte da vereadora Marielle Franco e do motorista Anderson Gomes, em março de 2018. Ele é investigado de ser um dos possíveis mandantes do assassinato. O irmão dele, Domingos Brazão, também foi levado por policiais.
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A continuidade da prisão de Chiquinho também depende do entendimento de outros deputados. O processo foi iniciado na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ), e deve ser retomado na próxima semana. Nos bastidores, há expectativa de que os deputados optem por mantê-lo preso.