Secretaria de apoio ao RS perde status de ministério, e Paulo Pimenta volta à Comunicação do governo Lula
A partir do dia12, pasta passará a compor a Secretaria-Executiva da Casa Civil
Criada em maio para fortalecer medidas federais no estado, a Secretaria Extraordinária de Apoio à Reconstrução do Rio Grande do Sul perderá status de ministério nesta quinta-feira (12). A pasta perderá o caráter extraordinário e passará a fazer parte da Secretaria-Executiva da Casa Civil.
+ Desfile de 7 de Setembro tem foco em G20, Rio Grande do Sul e Saúde
Com a medida, o ministro Paulo Pimenta, que estava no comando da Secretaria de Apoio ao RS, voltará ao comando da Secretaria de Comunicação da Presidência da República (Secom).
+ Pais de menina encontrada morta em contêiner de lixo são indiciados no RS
A mudança e a volta de Paulo Pimenta à Secom foram publicadas pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva nesta terça-feira (10), no Diário Oficial da União (DOU). O novo chefe de Secretaria de Apoio ao Rio Grande do Sul não foi publicado no DOU, mas deve ser definido por Lula nos próximos dias.
Nesta quarta-feira (11), Pimenta participa do seu último grande compromisso na pasta temporária. Junto ao ministro da Casa Civil, Rui Costa, ele vai apresentar um balanço de ações do governo federal no estado após as enchentes.
O governador gaúcho, Eduardo Leite (PSDB), e autoridades locais também estarão presentes na Sede da Secretaria Extraordinária, localizada no bairro de Higienópolis, em Porto Alegre (RS).
Tragédia no Rio Grande do Sul
Entre a última semana de abril e a primeira semana de maio, o Rio Grande do Sul foi atingido por fortes chuvas que causaram a maior tragédia climática da história do estado.
A capital Porto Alegre e outras cidades ficaram submersas por semanas devido a cheia dos rios, que avançaram para níveis nunca antes registrados. Houve deslizamentos, queda de pontes, bloqueio de estradas e municípios ficaram ilhados. O abastecimento de água encanada, energia e internet ficou prejudicado.
De acordo com a Defesa Civil, 171 pessoas morreram e 2,34 milhões foram direta ou indiretamente afetadas pela tragédia nos 473 municípios atingidos. O estado chegou a registrar 81,2 mil desabrigados, que perderam as casas e tiveram de se abrigar em ginásios, salões e galpões improvisados.