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Política

Sanções agravam medidas unilaterais dos EUA, incompatíveis com as relações com o Brasil, diz AGU

Ministro Jorge Messias critica "agressão injusta" do governo Trump

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Advogado-geral da União Jorge Messias | Reuters/Adriano Machado
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As novas sanções anunciadas pelos Estados Unidos nesta segunda-feira (22) contra autoridades brasileiras agravam as medidas tomadas anteriormente pelo governo norte-americano na esteira do julgamento contra o ex-presidente Jair Bolsonaro por tentativa de golpe de Estado. A declaração é do advogado-geral da União (AGU), ministro Jorge Messias, ele mesmo um dos alvos das novas sanções.

"As mais recentes medidas aplicadas pelo governo dos EUA contra autoridades brasileiras e familiares agravam um desarrazoado conjunto de ações unilaterais, totalmente incompatíveis com a pacífica e harmoniosa condução de relações diplomáticas e econômicas edificadas ao longo de 200 anos entre os dois países", afirmou Messias, em nota.

"Diante desta agressão injusta, reafirmo meu integral compromisso com a independência constitucional do nosso sistema de Justiça e recebo sem receios a medida especificamente contra mim dirigida", acrescentou.

Os EUA vão revogar o visto de Messias e outras autoridades do judiciário, informou a Reuters.

+ Idealizador da Lei Magnitsky critica sanções dos EUA contra Alexandre de Moraes

Magnitsky

Também nesta segunda-feira, o governo Trump anunciou a aplicação da Lei Magnitsky a Viviane Barci de Moraes, esposa do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF). Os EUA não informaram o motivo de atingir parentes do magistrado.

Com a inclusão, todos os eventuais bens de Viviane em território americano ficam bloqueados, assim como qualquer empresa ligada a ela. O governo dos EUA já havia aplicado a mesma medida contra Moraes, em julho deste ano.

Tanto o ministro quanto sua esposa estão proibidos de realizar transações com cidadãos e empresas dos Estados Unidos, incluindo operações como o uso de cartões de crédito de bandeira americana.

As sanções, assim como o tarifaço de 50% a produtos brasileiros, foram impostas por Donald Trump, que é contra o julgamento de Bolsonaro, seu aliado político.

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