RS: Jader Filho diz que prefeitos gaúchos estão com "dificuldades enormes" em apresentar informações
Ministro pediu "paciência", afirmando que "não existe remédio único" para solucionar problema de habitação deixado pela tragédia climática
O ministro das Cidades, Jader Filho, disse nesta segunda-feira (27) que prefeitos gaúchos estão com "dificuldades enormes" em apresentar informações sobre o número de casas afetadas por chuvas e enchentes no Rio Grande do Sul. Segundo ele, em muitos casos a Defesa Civil do município não consegue realizar a averiguação de toda a região devido ao isolamento.
Filho pediu "paciência", afirmando que "não existe remédio único" para solucionar o problema de habitação deixado pela crise. "Não se sabe nem se quer medir", afirmou o ministro, que participou de uma sessão de debates no Senado sobre a tragédia climática que atinge o RS.
O ministro falou de um "crédito extraordinário" para a reconstrução de casas, mas não informou valores.
Poderes executivos locais e federal têm trocado farpas em relação a repasses da União a municípios. No começo do mês passado, por exemplo, Junior Freiberger (PSD), prefeito de Feliz (RS), pediu mais agilidade dos governos estadual e federal no envio de recursos ao Rio Grande do Sul e reclamou: "É fácil dizer que tem dinheiro e que o que falta é projeto", falou ao programa Brasil Agora, do SBT News.
A fala de Freiberger foi contraponto a uma declaração da ministra do Planejamento, Simone Tebet. Ele classificou como "inverdade" que prefeitos de municípios atingidos por temporais e enchentes ainda não têm a dimensão dos gastos necessários para cobrir estragos e prejuízos, como afirmado pela ministra.
Na sessão do Senado, foi informado que cidades estão sendo atendidas individualmente. Porém, a falta de dados vem limitando as possibilidades de atuação. Na visão de Filho, há a possibilidade de que algumas regiões tenham que ser repensadas e transferidas de lugar.
Prevenção
Para o ministro, "o Brasil terá um custo muito maior" com futuros desastres se não forem formuladas medidas urbanas voltadas à prevenção, sobretudo se esse tema não for visto como uma prioridade. "O Brasil precisa entender a urgência climática", disse.