Plano do golpe previa arsenal de guerra com metralhadoras e lança-foguetes, diz PF
Documento produzido pelo general Mário Fernandes listava munição para combater blindados e edificações fortificadas
Leonardo Cavalcanti
Um documento elaborado pelo general da reserva Mário Fernandes — preso na operação da Polícia Federal (PF) desta terça-feira (19) — listava armamentos pesados na ação golpista para assassinar o então presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva (PT), o vice-presidente Geraldo Alckmin (PSB) e o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes.
O texto elaborado pelo general Fernandes foi produzido no dia 9 de novembro de 2022. Além de uma metralhadora belga/norte-americana M249 — utilizada por forças militares, incluindo a dos Estados Unidos —, os golpistas pretendiam usar pistolas, fuzis, lança-granadas e lança-rojão. A própria PF detalha o arsenal na investigação:
"A metralhadora M249 é uma arma leve altamente eficaz, projetada para fornecer suporte de fogo em combate. A combinação de leveza, taxa de disparo e capacidade de alimentação a torna uma arma estimada em diversas situações táticas", diz o relatório policial, para na sequência detalhar o poder de fogo da lança-granadas e lança-foguetes:
"É uma arma projetada para disparar granadas de fragmentação ou munições especiais de 40mm que fornece capacidade de fogo indireto e versatilidade em termos de tipos de munição", aponta o relatório.
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"O terceiro armamento, AT4, é um lança-rojão, utilizado principalmente por forças armadas e de segurança para combate a veículos blindados e estruturas fortificadas. É um lançador de foguetes antitanque. Munição é um foguete guiado que possui uma ogiva explosiva."
Da ação armada em Brasília, segundo a PF, participariam seis pessoas.