Pacheco já prometeu agilidade em sabatina de indicado de Lula ao Banco Central
Nome colocado pelo Planalto passará por avaliação no Senado, mas troca de comando será oficializada só no ano que vem
O presidente do Congresso, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), já confirmou que o Senado vai avançar com a indicação do governo Lula (PT) ao comando do Banco Central. O nome de Gabriel Galípolo, atual diretor de Política Monetária do próprio BC, foi anunciada pelo ministro da Fazenda, Fernando Haddad, nesta quarta-feira (28), após uma movimentação iniciada há semanas e discutida entre o próprio presidente Lula com o presidente do Senado.
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A indicação, voltada para pesar posições econômicas defendidas pelo governo, foi confirmada pelo presidente do Senado no último 20 de agosto. À época, Pacheco disse que o processo pode trazer estabilidade econômica ao país e disse que o Senado terá boa vontade em marcar a sabatina - etapa necessária para aprovar o nome do indicado.
“Temos toda a boa vontade de poder dar o andamento dessa sabatina no Senado Federal. Justamente porque temos que primar pela estabilidade, previsibilidade, especialmente em um tema tão sensível, como é a política monetária e uma autoridade tão importante quanto é o presidente do Banco Central, para a estabilidade econômica do país”, declarou Pacheco, em 20 de agosto.
Etapas da indicação do presidente do Banco Central
Após o envio oficial da indicação ao Congresso, o Senado indicará uma data para a sabatina de Galípolo, na Comissão de Assuntos Econômicos. A fase consiste na apresentação de questionamentos de senadores para avaliar se há competência do indicado para comandar o BC. Com aprovação de maioria, o nome avança para uma confirmação em plenário.
A intenção do governo é que o nome passe por etapas antes das eleições municipais, mas independente da votação, ele só substituirá o atual presidente Roberto Campos Neto no ano que vem.
O mandato do indicado pelo ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) vai até 31 de dezembro. Ainda assim, o governo aposta que perspectivas econômicas do novo presidente possam contribuir em discussões ligadas ao mercado, como na revisão da taxa básica de juros, a Selic.