"Muito triste o que está acontecendo”, diz Jair Renan após visitar Bolsonaro na PF
O vereador evitou responder sobre temas políticos e disse que a condução está com o senador Flávio Bolsonaro
SBT News
Jair Renan Bolsonaro afirmou nesta quinta-feira (27) que o pai, o ex-presidente Jair Bolsonaro, está “fragilizado” e “muito triste” com a prisão na Superintendência da Polícia Federal (PF) em Brasília. A declaração foi dada após ele deixar a unidade, onde pôde permanecer com o ex-mandatário por 30 minutos.
“Meu pai tá muito mal, ele teve crise de soluço a noite toda. Ele está muito triste com tudo que está acontecendo: um crime que não houve, não existiu, meu pai nem estava aqui. Ele está fragilizado, gente”, disse Jair Renan a jornalistas. O ex-presidente cumpre pena após ser condenado a 27 anos e três meses por cinco crimes ligados à tentativa de golpe de Estado em 2022.
O filho, vereador pelo PL da cidade de Balneário Camboriú (SC), afirmou que tentou “levantar o ânimo” do pai. “Conversei basicamente sobre futebol, como filho, como está a minha caminhada. Tentei distrair a cabeça do meu velho, tirar um sorriso dele. Muito difícil. Ele está se sentindo injustiçado”, declarou. Jair Renan também relatou ter levado livros para Bolsonaro durante a visita.
O vereador evitou responder sobre temas políticos e disse que a condução das estratégias da família está a cargo do senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ). “Isso quem tá tratando é o Flávio Bolsonaro, meu irmão. Hoje é o porta-voz da família. Eu confio na liderança dele e vai dar certo. E todos aqueles políticos que se elegeram nas costas do Jair Bolsonaro estão fazendo tudo para libertar o homem”, afirmou.
A manhã desta quinta-feira também contou com a visita da ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro, autorizada (assim como a de Jair Renan) pelo ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF). Cada familiar pôde permanecer por até 30 minutos com o ex-presidente, em horários separados.
Michelle deixou o local sem falar com a imprensa, mas publicou uma mensagem nas redes sociais afirmando viver “dias difíceis”. Segundo ela, a primeira visita ao marido "havia durado duas horas, enquanto desta vez foram 30 minutos".
Bolsonaro está preso pela condenação por liderar, segundo a Procuradoria-Geral da República, a tentativa de golpe em 2022 que culminou nos ataques de 8 de janeiro.
