Lula diz querer zerar impostos sobre a cesta básica: “eu sei o custo da inflação na vida do trabalhador"
Lula disse que não “brinca” com o aumento geral nos preços de bens e serviços, mas que se sente “muito motivado” a baratear a alimentação
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) afirmou nesta sexta-feira (28) que tem intenção de tentar zerar impostos sobre a cesta básica. Na visão do petista, quando as populações mais vulneráveis estiverem consumindo, “tudo vai melhorar”. “Eu sei o custo da inflação na vida do trabalhador [...] eu acho que tudo aquilo que for da cesta básica, que for elementar para o trabalhador comer, a gente não tem que cobrar imposto”, afirmou.
Lula disse que não “brinca” com o aumento geral nos preços de bens e serviços, mas que se sente “muito motivado” a baratear a alimentação; sobretudo, com a reforma tributária. “Quando tem muito dinheiro na mão de poucos, o resultado é miséria, é prostituição, é analfabetismo, é violência, é mortalidade infantil.”, ponderou.
Para o governo, segundo indicou o líder da República à rádio FM O Tempo, a condução dos preços de alimentos da base alimentar do brasileiro deve ter uma mão mais firme na política. De exemplo desse controle por parte do governo, Lula citou o leilão de arroz e os estoques da Conab, mas também apontou para subsídios aos pequenos e médios produtores. “Estamos equilibrando as coisas”.
“Eu decidi importar um milhão de toneladas de arroz. Por que eu decidi importar? Por que eu vi no supermercado um saco de arroz de 5kg a R$ 36, não é possível, depois estava R$ 33, não é possível. Tem que estar a R$ 22, R$ 23. De acordo com o poder aquisitivo do povo mais humilde [...] baratear tudo para que o povo possa ter acesso [...] precisamos controlar melhor”, afirmou Lula.
O petista ainda contestou as críticas da proposta de valorização do salário mínimo, que considera a variação da inflação do ano anterior, medida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC), e o crescimento real do Produto Interno Bruto (PIB) de dois anos anteriores. Segundo o presidente, a medida é justa, “é o mínimo”, uma vez que todo trabalhador é um contribuinte do PIB nacional. “Se quando crescer você não distribuiu, quando dá prejuízo, você vai distribuir miséria?”, contestou Lula.