Lula diz autores de fake news serão "banidos" da política: "não serão levados em conta"
Presidente fez discurso em São Leopoldo durante anúncio de medidas para atender a população do Rio Grande do Sul
Raphael Felice
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva afirmou que autores de fake news serão "banidos" da política brasileira pela população. Em solenidade em São Leopoldo (RS) para anunciar um novo pacote de medidas para atender a população do Rio Grande do Sul, Lula relacionou a solidariedade da população ao “banimento” dos propagadores de desinformação.
Desde o início da calamidade pública no Rio Grande do Sul, uma série de notícias falsas começou a ser veiculada nas redes sociais. Desde desinformações sobre resgate ou sobre o governo federal ou as Forças Armadas não estarem atuando para mitigar os impactos da tragédia.
“Ainda bem que a gente continua acreditando que é possível ter humanidade mais sensível, mais fraterna e mais solidária. É possível, ministro (Luís Roberto, presidente do Supremo Tribunal Federal) Barroso, apesar a nojeira da fake news”, disse Lula.
“É possível, apesar da nojeira do comportamento de uns vândalos que não fazem política, que não discutem política, que não querem argumento, só querem destruir a vida dos outros, ofender as pessoas, achincalhar as pessoas. Esse tipo de gente tenho certeza que, depois desses milhões de voluntários no Brasil inteiro, mais dia ou menos dia, será banida da política brasileira. Não serão mais pessoas levadas em conta”, concluiu.
O presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Luís Roberto Barroso, também falou sobre as notícias falsas em seu discurso. Segundo ele, os propagadores de fake news são “criaturas das trevas”.
"Criadores de fake news são criaturas das sombras, criaturas das trevas que, sobre o sofrimento das pessoas, projetam a sua maldade. Impossível em um momento grave como esse não sentir repulsa por essas pessoas terem esse tipo de comportamento", afirmou o ministro.
Lula também disse que é preciso se atentar às questões climáticas tanto no Rio Grande do Sul quanto em outros estados brasileiros. Ao usar o ditado popular "o barato sai caro", o presidente disse que as obras para evitar as tragédias no estado sairiam pela metade do custo que vai ser reconstruir as áreas afetadas.
“O barato sai caro. É melhor fazer uma coisa bem feita, gastar mais, do que achar que o barato vai resolver o seu problema. O prejuízo que o estado já teve até agora é o dobro do que custaria a gente resolver esse problema definitivamente”, disse.