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Lula dá "bronca" em ministros e pede cuidado em anúncios

Em reunião, presidente fez pedido para que declarações públicas venham apenas após conversas para que os projetos sejam estruturados

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Puxão de orelha de Lula veio em reunião com ministros | Ricardo Stuckert/PR
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O presidente Lula (PT) deu uma "bronca" nos ministros do governo em uma reunião extraordinária nesta segunda-feira (13). Com pauta voltada para discutir a situação do Rio Grande do Sul, que enfrenta a maior tragédia ambiental da história do estado, o chefe do Executivo disse que representantes do governo não devem anunciar ideias sem conversas para que os projetos sejam estruturados.

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"Cada ministro que for falar -- ou cada ministra -- tentar falar sempre a mesma coisa que está acontecendo. Não ficar dizendo coisa que não tá acontecendo ou ficar inventando coisa que ainda não discutiu. Ou seja, não dá pra cada um de nós que tem uma ideia, anunciar publicamente uma ideia", declarou.

O chefe do Executivo também pediu unidade nas declarações do governo, e rechaçou que ministros anunciem apenas possibilidades.

"Uma ideia é um instrumento de conversa no governo para a gente transformar a ideia numa política real. Não é cada um que tiver uma ideia ficar falando da sua ideia, vai dizendo o que vai fazer, porque isso termina não construindo uma política pública sólida e uma atuação muito homogênea do governo no caso do Rio Grande do Sul", completou.

Após a bronca, Lula agradeceu o trabalho dos ministros e de voluntários que atuam no suporte aos gaúchos. Boletim recente da Defesa Civil aponta que as enchentes afetaram, até a noite desta sexta-feira (13), 450 cidades. 147 mortes foram registradas desde o início das chuvas, no fim de abril

A reunião com ministros veio após Lula se encontrar com representantes dos Poderes, alguns nomes da Esplanada, e o governador do estado, Eduardo Leite (PSDB). O encontro de mais cedo confirmou o adiamento da dívida do estado junto à União, por um período de três anos. Na ocasião, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, também destacou a medida provisória que envia R$ 12 bilhões ao estado de maneira emergencial.

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