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Política

Lula critica plano de Trump para Gaza: "Palestinos vão para onde? Onde vão viver? Qual o país deles?"

Presidente chamou ideia de "incompreensível" e afirmou que Estados Unidos apoiam "genocídio" palestino promovido por Israel

Imagem da noticia Lula critica plano de Trump para Gaza: "Palestinos vão para onde? Onde vão viver? Qual o país deles?"
Presidente Lula (PT) em entrevista a rádios de Minas Gerais | Reprodução/YouTube
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O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) criticou nesta quarta-feira (5) o plano do presidente norte-americano Donald Trump de os Estados Unidos assumirem a responsabilidade pela Faixa de Gaza, incluindo a desminagem do local e a reconstrução das áreas destruídas. Para o petista, o plano é "incompreensível". "Palestinos vão para onde? Onde eles vão viver?", questionou.

Ao lado do primeiro-ministro israelense Benjamin Netanyahu, Trump disse nessa terça (4) que deseja a realocação permanente de todos os moradores da Faixa de Gaza para outros países. Para ele, os palestinos deslocados devem ser reassentados fora do território devastado pela guerra.

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Lula reagiu ao plano e disse que Israel promove um genocídio na região, apoiado pelos Estados Unidos.

"Os Estados Unidos participaram e incentivaram tudo que Israel fez na Faixa de Gaza, então não tem sentido o presidente dos Estados Unidos se reunir com o primeiro-ministro de Israel e dizer, 'olha, vamos ocupar Gaza, recuperar Gaza e vamos morar em Gaza’. E os palestinos vão para onde? Onde eles vão viver? Qual o país deles? É uma coisa praticamente incompreensível", afirmou em entrevista a rádios de Minas Gerais.

"O que aconteceu em Gaza foi um genocídio e eu, sinceramente, não sei se os Estados Unidos, que fazem parte de tudo isso, seriam o país para tentar tomar conta de Gaza. Quem tem que cuidar de Gaza são os palestinos", disse Lula.

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Trump x Brics

Lula também criticou a possibilidade de Trump taxar em 100% os países do Brics, caso o bloco lance uma moeda própria. Segundo o presidente, as nações têm o direito de discutir a criação de uma forma de comercialização sem depender exclusivamente do dólar.

O petista disse que é preciso se despreocupar com as "bravatas" de Trump: "Ele tem que saber o seguinte: o Brics tem metade da população mundial, quase metade do comércio exterior, e nós temos o direito de discutir a criação de uma forma de comercialização que a gente não dependa só do dólar".

"Não foi o mundo que decidiu que o dólar seria moeda, foram os Estados Unidos. Então é importante que a gente não tenha preocupação com a bravata do Trump [...]. Ninguém pode viver de bravata o tempo todo", completou.

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