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Fala de Trump sobre EUA 'assumirem' Faixa de Gaza é rejeitada por aliados

Países defenderam que ideia de realocar palestinos permanentemente em outras nações fere direito internacional

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Presidente dos Estados Unidos, Donald Trump | Flickr
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A sugestão do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, de assumir a responsabilidade pela Faixa de Gaza foi rejeitada por aliados. Em declarações publicadas nesta quarta-feira (5), os países defenderam a reconstrução da região sem realocar os moradores em outras nações – o contrário do sugerido por Trump.

O Egito e a Jordânia foram os primeiros países a se pronunciar, reprovando a ideia. O mesmo foi feito pela Arábia Saudita, que enfatizou a “rejeição à violação dos direitos legítimos do povo palestino, seja por meio de políticas de assentamentos israelenses, anexação de terras palestinas ou esforços para deslocar o povo palestino”.

O primeiro-ministro da Austrália, Anthony Albanese, também comentou sobre a declaração de Trump, dizendo que seu país apoia uma solução de dois Estados no Oriente Médio – isto é, a coexistência pacífica dos estados independentes de Israel e da Palestina. "A posição da Austrália é a mesma desta manhã, como era há 10 anos", disse.

Outro que se pronunciou foi o presidente palestino, Mahmoud Abbas. Pelas redes sociais, ele pediu à Organização das Nações Unidas (ONU) que “proteja o povo palestino e seus direitos”, afirmando que a sugestão de Trump desencadearia “uma séria violação do direito internacional, cujos efeitos destrutivos se refletiriam em toda a região”.

O comentário de Trump foi feito em meio ao cessar-fogo temporário entre Israel e Hamas. Ambos se enfrentam em uma guerra que dura mais de um ano na Faixa de Gaza, onde cerca de 46 mil pessoas já foram mortas – sobretudo mulheres e crianças.

Sami Abu Zuhri, integrante do Hamas, chamou a proposta de Trump de “absurda” e “ridícula”. Poucas horas depois, o grupo publicou um comunicado pedindo que o governo norte-americano e o presidente Trump recuem de “observações irresponsáveis que contradizem o direito internacional e os direitos básicos do povo palestino”.

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O Hamas ainda se dirigiu à Liga Árabe e à ONU, solicitando que as entidades realizem reuniões urgentes para abordar “tais observações perigosas". O grupo também pediu que as organizações adotem uma "posição forte" que preserve os direitos palestinos.

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