Justiça dá 20 dias para que governo e Janja expliquem gastos com viagens
Participação em eventos internacionais da primeira-dama frequentemente tem gerado críticas da oposição
Yumi Kuwano
A Justiça Federal deu 20 dias para que o governo e a primeira-dama, Rosângela Lula da Silva, a Janja, se manifestem sobre os gastos com viagens internacionais da esposa do presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
A decisão da 9ª Vara Federal Cível da Seção Judiciária do Distrito Federal, assinada pelo juiz Leonardo Tavares Saraiva no domingo (18), veio após ação protocolada pelo vereador de Curitiba Guilherme Kuhl (Novo-PR) e o advogado Jeffrey Chiquini.
Na ação, eles pedem a suspensão imediata de pagamentos e reembolsos para gastos com passagens, diárias de hotel ou outras despesas relativas às viagens internacionais da primeira-dama.
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No entanto, a Justiça negou o pedido para suspensão dos repasses por falta de elementos que justifiquem a medida de urgência, e pediu esclarecimentos para a União e para Janja. O Ministério Público foi intimado a acompanhar o caso.
Frequentemente a oposição ao governo faz questionamentos sobre os gastos de Janja em viagens para o exterior. O assunto repercutiu de tal modo que a Advocacia-Geral da União publicou, em abril, uma portaria que estabelece diretrizes sobre o papel da primeira-dama em atividades de interesse público.
Na semana passada, Janja retornou da viagem que fez com a comitiva de Lula para a Rússia e a China, e parlamentares apresentaram diversos requerimentos questionando os gastos.
