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Política

Julgamento da denúncia de golpe: "Ninguém foi lá passar batonzinho na estátua", diz Moraes sobre 8/1

Ministro relator também exibiu vídeos do 8 de janeiro para reforçar "materialidade" de crimes cometidos por bolsonaristas que depredaram sedes dos Três Poderes

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O ministro relator do julgamento no Supremo Tribunal Federal (STF) da denúncia sobre tentativa de golpe de Estado, Alexandre de Moraes, reforçou, nesta quarta-feira (26), a "materialidade" de crimes cometidos no 8 de janeiro de 2023. Ele é o primeiro magistrado da Primeira Turma da Corte a votar para aceitar ou rejeitar acusação da Procuradoria-Geral da República (PGR).

Moraes falou que "ninguém foi lá passar batonzinho na estátua", em referência à mulher que pichou a frase "perdeu, mané" na estátua da Justiça, em frente à Corte, no 8/1.

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"Ninguém, absolutamente ninguém que lá estava, estava passeando. E ninguém estava passeando porque tudo estava bloqueado e houve necessidade de romper as barreiras policiais [...]. E nós temos a tendência, infelizmente, de ir esquecendo", falou o ministro.

Vídeos do 8 de janeiro exibidos em julgamento

O relator também exibiu vídeos dos atos golpistas daquele dia, para reforçar gravidade de crimes cometidos por bolsonaristas na invasão e depredação das sedes dos Três Poderes.

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"E as pessoas de boa-fé, que têm esse viés de positividade, acabam sendo enganadas pelas pessoas de má-fé, com notícias fraudulentas e com milícias digitais. Passam a querer criar uma própria narrativa, como disse ontem, de velinhas com a Bíblia na mão, de pessoas que estavam passeando, estavam com batom e foram lá passar um batonzinho na estátua", descreveu.

A terceira e última sessão finaliza hoje análise da denúncia da PGR contra o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e sete aliados dele, entre ex-ministros e militares ex-chefes das Forças Armadas, membros do chamado "núcleo crucial" da trama golpista.

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