Glauber Braga diz que vai fazer greve de fome até fim de processo que analisa sua cassação
Deputado do PSOL é acusado de expulsar da Câmara, a chutes, um militante do MBL
Yumi Kuwano
Soane Guerreiro
O Conselho de Ética da Câmara aprovou o parecer pela cassação do mandato do deputado federal Glauber Braga (Psol-RJ) depois de uma tumultuada sessão que durou quase sete horas.
Por 13 votos a 5, o Conselho aprovou o parecer do relator, Paulo Magalhães (PSD-BA), que recomenda a cassação do mandato do parlamentar por quebra de decoro parlamentar.
Com a decisão, Glauber anunciou que vai fazer uma greve de fome e que permanecerá dentro da Câmara, em protesto, até o desfecho do processo.
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O deputado vai recorrer da decisão à Comissão de Constituição e Justiça (CCJ), que terá cinco dias úteis pra se manifestar. Se o recurso for rejeitado, o processo segue para votação no plenário da Câmara. São necessários pelo menos 257 votos favoráveis para que ele seja cassado.
Uma das estratégias de integrantes do PSOL é tentar mudar a punição no plenário, para suspensão do mandato parlamentar por seis meses.
Em abril de 2024, Glauber Braga tentou expulsar o manifestante do Movimento Brasil Livre (MBL) Gabriel Costenaro da Câmara com empurrões e chutes. A cena foi filmada.
O militante participava de manifestação de apoio a motoristas de aplicativo durante o debate de proposta que regulamenta a profissão.
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Acusado pelo partido Novo, Glauber alega que foi legítima defesa e que a mãe dele foi ofendida pelo manifestante.