Gaeco Nacional aguarda escolha de chefe e enfrenta críticas de delegados
Grupo de atuação em todo Brasil foi criado no início de fevereiro e já é alvo de uma ação da Adepol no STF

Caio Crisóstomo
O Gaeco (Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado) Nacional criado pelo Ministério Público Federal (MPF) aguarda a escolha de um procurador para chefiar a nova unidade e estruturá-la.
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O SBT News apurou junto a fontes do MPF que alguns nomes estão sendo analisados por Paulo Gonet, procurador-geral da República (PGR). Entre eles, o procurador Pedro Machado, corregedor auxiliar do MPF 4ª Região.
Por outro lado, delegados da PF e de outras polícias criticam a iniciativa do Gaeco Nacional. A Associação dos Delegados de Polícia do Brasil (Adepol) acionou o Supremo Tribunal Federal (STF) contra a criação da nova unidade.
Reservadamente, alguns delegados da PF argumentam que a iniciativa do Gaeco Nacional precisa ser criada a partir de uma lei. Também alegam que medida pode gerar duplicidade de investigações já conduzidas pela corporação.
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Quanto as perícias, peritos ouvidos pela reportagem avaliam ser necessário que o Gaeco Nacional centralize as atividades sob os peritos federais.
Integrantes da PGR relatam que, no entanto, o Gaeco Nacional atuará com interlocução entre diversos órgãos e como um auxiliador das investigações.
O Gaeco Nacional não é uma força policial. No entanto, poderá realizar investigações e deflagrar operações em parcerias com polícias dos estados.
Recentemente, a Polícia Rodoviária Federal (PRF) suspendeu a participação de agentes em operações do Ministério Público (MP).