Entidade diz que há tentativa de racistas derrubarem Silvio Almeida
Instituto Luiz Gama, que já foi presidido por ministro dos Direitos Humanos, afirma que "há um movimento organizado por meio de mentiras para tirá-lo"
O Instituto Luiz Gama, uma das principais organizações que atuam junto a movimentos negros, emitiu uma nota para defender o ministro dos Direitos Humanos, Silvio Almeida, das acusações que ele tem sofrido de assédio sexual contra mulheres. Conforme a organização, que já foi presidida pelo próprio ministro, ele tem sido vítima de racismo. Em nota, Silvio Almeida disse que as acusações são "mentiras".
+Me Too diz ter recebido denúncias de assédio sexual contra o ministro Silvio Almeida
"Se alguém tinha dúvida, agora não há mais. Há um movimento organizado por meio de mentiras para derrubar Silvio Almeida e tirá-lo a força do jogo político. Muitas pessoas mesquinhas e racistas não querem um ministro negro. Infelizmente, há pessoas negras que também não querem, gente que há muito tempo trama contra ele e reclama que está sendo ofuscada por ele", disse o instituto em seu perfil no Instagram.
Nesta quinta-feira, o portal Metrópoles publicou uma reportagem revelando que a organização Me Too recebeu relatos de mulheres contra o ministro e que as denúncias apontam falta de apoio institucional em resposta ao suposto crime de assédio sexual. Em nota, a Me Too, confirmou o recebimento das denúncias e informou que não tinha a autorização das denunciantes para fornecer mais detalhes.
Por meio de nota divulgada oficialmente pelo Ministério dos Direitos Humanos, Silvio Almeida repudiou as acusações e disse se tratar de mentira. "Repudio tais acusações com a força do amor e do respeito que tenho pela minha esposa e pela minha amada filha de 1 ano de idade, em meio à luta que travo, diariamente, em favor dos direitos humanos e da cidadania neste país", diz trecho da posição.
Outras denúncias
A série de denúncias contra Silvio Almeida iniciou na quarta-feira, quando uma reportagem do portal UOL relatou que o o Ministério dos Direitos Humanos estava recebendo acusações de assédio moral e pedidos de demissão em série desde janeiro de 2023.
Conforme o site, até janeiro de 2024, foram abertos dez procedimentos internos para apurar supostos casos de assédio moral no ministério, sendo que sete foram arquivados. As principais acusações eram contra duas servidoras de confiança de Almeida.
Na ocasião, o Instituto Luiz Gama voltou a defender Silvio Almeida, seu ex-presidente. Em nota, a ONG atribuiu às denúncias o cunho racista.
"Repudiamos os ataques baseados em mentiras, ressentimento e racismo contra Silvio Almeida e sua equipe ministerial. Um homem negro e uma mulher negra estão sendo acusados de serem arrogantes e autoritários. É sempre assim. A branquitude não aceita a negritude com poder", disse o instituto.