Elmar Nascimento e Antonio Brito firmam aliança contra Hugo Motta na disputa pela presidência da Câmara
A candidatura de Motta (Republicanos-PB) deverá ser apoiada pelo atual presidente da Casa, Arthur Lira (PP-AL)
Guilherme Resck
Os líderes do União Brasil, Elmar Nascimento (BA), e do PSD, Antonio Brito (BA), firmaram uma aliança, em encontro na terça-feira (9), para a disputa da presidência da Câmara. A eleição ocorrerá em fevereiro de 2025. Na semana passada, o líder do Republicanos na Casa, Hugo Motta (PB), substituiu Marcos Pereira (Republicanos-SP) como cotado para concorrer no pleito no próximo ano.
A candidatura de Motta deverá ser apoiada pelo atual presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL). Em relação à aliança firmada entre Elmar e Brito, o SBT News apurou que ela prevê que ambos manterão suas candidaturas também e, no segundo turno, Elmar apoiará Brito e vice-versa, dependendo de qual dos dois nomes passar.
Ambos os deputados publicaram fotos da reunião de terça-feira, da qual participaram ainda o presidente nacional do União Brasil, Antônio de Rueda, os deputados federais Danilo Forte (União-CE) e Luiz Gastão (PSD-CE), e os ministros Celso Sabino, do Turismo, e Juscelino Filho, das Comunicações. Os dois ministros são deputados federais licenciados filiados ao União Brasil.
"Quando trabalhamos juntos, conseguimos ir mais longe. Unidos por algo maior: o compromisso de construir um Brasil onde o diálogo e o entendimento fazem a diferença", escreveram Elmar e Brito ao publicarem as fotos. Um dos presentes no encontro disse à reportagem que foi "muito tranquilo".
Elmar Nascimento é o atual líder do maior bloco parlamentar da Câmara, formado pelo União Brasil, PP, PSDB, Cidadania, PDT, Avante, Solidariedade e PRD, com 161 deputados federais. Nos últimos meses, vinha sendo apontado como o nome favorito de Lira para substitui-lo na presidência da Câmara no próximo ano, mas isso mudou com a entrada de Motta na disputa. O União tem 59 deputados.
Brito, por sua vez, é o primeiro vice-presidente do outro bloco parlamentar da Câmara, formado por MDB, PSD, Republicanos e Podemos, com 147 deputados. O Partido Social Democrático tem 44 deputados, mesma quantidade do Republicanos.
Em meio às articulações sobre a eleição para presidente da Câmara, a tradicional reunião de líderes de terça-feira na Residência Oficial da Presidência da Casa, em Brasília, em que é definida a pauta do plenário na semana, não ocorreu neste 10 de setembro.
Para ser eleito presidente da Câmara dos Deputados, o candidato precisa de maioria absoluta dos votos em primeira votação ou ser o mais votado no segundo turno. Após o novo presidente ser eleito, são apurados os votos dos demais integrantes da Mesa Diretora, na seguinte ordem: dois vice-presidentes; quatro secretários e quatro suplentes.