De Cláudio Castro ao casal Garotinho: veja governadores do Rio que já enfrentaram processos
Todos os governadores eleitos diretamente e que ainda estão vivos enfrentaram ou enfrentam processos na Justiça
Nesta terça-feira (30), a Polícia Federal indiciou o governador do Rio de Janeiro, Cláudio Castro (PL), sob acusação de crimes de corrupção passiva e peculato (desvio de recursos públicos). Ele é mais um político do Executivo estadual fluminense a enfrentar problemas na justiça.
Todos os governadores eleitos diretamente no Rio de Janeiro desde a reta final da ditadura e que ainda estão vivos enfrentaram ou enfrentam processos na Justiça. Exceções a essa regra são Leonel Brizola (PDT, 1983-1987 e 1991-1994) e Marcello Alencar (PSDB, 1995-1998), já falecidos.
Outros três governadores, Nilo Batista (PDT, 1994), Benedita da Silva (PT, 2002) e Francisco Dornelles (PP, 2018), também estão fora dessa lista, pois não foram eleitos para o cargo.
+ Polícia Federal indicia o governador do Rio de Janeiro por corrupção e peculato
Confira a lista de governadores do Rio que já enfrentaram problemas na justiça
Moreira Franco (1986 a 1991)
Foi preso em 2019, anos depois de deixar o governo fluminense, durante a Operação Lava Jato, suspeito de corrupção em um caso envolvendo também o ex-presidente Michel Temer. Ele foi libertado por uma liminar da Justiça Federal.
Anthony Garotinho (1999 - 2002)
Foi preso pela primeira vez em 2016, acusado de chefiar um esquema de compra de votos. Foi solto, mas voltou à prisão em 2017. Como nada foi comprovado, deixou a prisão.
Rosinha Garotinho (2003 - 2006)
Foi presa junto com o marido em 2019, acusada de superfaturamento na Prefeitura de Campos, no Norte Fluminense, pela Polícia Federal. Como governadora, foi condenada a devolver aos cofres públicos mais de R$ 200 milhões por desvios na saúde.
Sérgio Cabral (2007 - 2014)
Responde a 26 processos na Justiça Federal e foi condenado a mais de 180 anos de prisão na Lava Jato. Ficou cinco anos preso e, após um período de prisão domiciliar, agora cumpre medidas cautelares, usando tornozeleira eletrônica.
Luiz Fernando Pezão (2014 - 2018)
Foi preso no final do mandato, em 2018, mas foi solto por determinação do STJ. O ex-secretário de Obras de Sérgio Cabral havia sido processado por corrupção e, no ano passado, foi absolvido das acusações.
Wilson Witzel (2019 - 2021 )
Não chegou a ser preso, mas foi afastado em 2020 por determinação da Justiça e perdeu o mandato no ano seguinte em um processo de impeachment, após suspeitas de irregularidades em contratos públicos na área da saúde.